Este estudo utiliza-se de uma abordagem quanti-qualitativa, exploratória, e tem como objetivo a mudança de decúbito como uma prática de re(h)abilitaçäo em enfermagem do cliente acamado, com um recorte para o cliente portador de lesäo medular. A palavra re(h)abilitaçäo é tomada no sentido de abordar o cuidado como uma prática desenvolvida pela enfermagem, que visa tanto resgatar e preservar a funçäo motora, quanto habilitar a pessoa assistida para a vida. Assim, busquei identificar as representaçöes que as enfermeiras, sujeitos deste estudo, têm sobre re(h)abilitaçäo e a mudança de decúbito, bem como a forma que vêm mudando os clientes de decúbito. Para análise lancei mäo dos pressupostos teóricos das Representaçöes foram construídas através de dinâmicas de criatividade e sensibilidade, entrevistas e observaçäo participativa.

A análise dessas representaçöes indicaram quatro núcleos denominados como:

corpos preocupados com as necessidades do outro; corpos com dificuldades; corpos em movimentos dos sentidos e corpos observados. Esses núcleos apontaram que do pensar sobre a mobilizaçäo e re(h)abilitaçäo as enfermeiras afirmam que atendem necessidades básicas de seus clientes, desejando cuidar deles, se emocionam e pensam sobre o poder do cuidador. Afirmam que atendem necessidades básicas de seus clientes, desejando cuidar deles, se emocionam e pensam sobre o poder do cuidador. Afirmam ainda que é difícil cuidar desses clientes, por näo saberem exatamente qual é a funçäo da enfermeira na re(h)abilitaçäo, embora entendam que a mudança de decúbito é um cuidado de enfermagem.