O presente è fruto das minhas inquietaçöes, referentes ao cuidar de enfermagem do adulto hospitalizado; teve como propósito: compreender o que é ser hospitalizado, necessitar de cuidados de enfermagem, e como o corpo adulto enfermo vivencia as suas relaçöes com o corpo cuidador, a partir dos seus discursos. A obtençäo destes discursos se fez mediante a escuta de oito adultos com problemas cirúrgicos, sendo seis com problemas ortopédicos e dois com necessidades de suporte nutricional parenteral, hospitalizados em duas unidades cirúrgicas de um Hospital de Ensino de Curitiba, que voluntariamente participaram do estudo. A análise interpretativa e compreensivista revelou que ser hospitalizado é viver a temporalidade, a circularidade do tempo; é o transitar difícil na fronteira do espaço público e privado, quando o agir mecânico, impessoal, o diálogo hermético, a solidäo, a tristeza, o medo, a distância e a frieza, transformam esse momento numa "via crucis", dimensäo de dor e sofrimento. O presente possibilita inferir que se faz necessário a inserçäo, nus currículos dos cursos da saúde, de conteúdos voltados para o sensível, para o estético; ousar criar pedagogias que permitem o vivenciar de novas práticas educativas e de cuidado de forma que assegurem o coexistir harmônico da sensibilidade e da racionalidade e a enfermagem presença