Prevalência de degeneraçäo e ruptura no manguito rotador do ombro após a 6ª década de vida: análises clínico-radiográfica
Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Paraná. Curso de pós-Graduaçäo em Clínica-Cirúrgica. Setor de Ciências da Saúde to obtain the academic title of Doutor. Leader:
O objetivo deste estudo foi pesquisar a prevalência de degeneraçäo e ruptura tendinosa do manguito rotador dos ombros de pessoas assintomáticas, após a 6ª década de vida. Utilizou-se, para isso, o exame clínico dos ombros de 50 pessoas com pesquisa de dor e de sinais típicos de atrito ou impacto subacromiais (Sinais do Impacto, de Hawkins, de Yocum). Foram procuradas, no exame físico, rupturas de tendöes do manguito rotador: subescapular (Teste de Gerber ou Lift off), supra-espinhal (Teste de Jobe) e do infra-espinhal e redondo menor (Teste de Didier-Patte e da rotaçäo externa). Os ombros foram radiografados em ântero-posterior com raios horizontais e com inclinaçöes caudal de 30§ e cefálica de 10§. Foi também mensurada a distância acrômio-umeral nos RX com raios horizontais, em ambos os grupos. Foi, ainda, pesquisada correlaçäo clínico-radiográfica nos casos e se havia predominância de degeneraçöes ou rupturas dos tendöes no membro superior dominante. Encontraram-se no grupo das 26 mulheres, anormalidades clíncias, que sugeriam impacto subacromial em 5 casos. Em 2 (dois) deles, havia ruptura do manguito rotador pelo exame físico. As anormalidades radiográficas foram encontradas em 51,92 por cento dos ombros, mas sem diminuiçäo da distância acrômio-umeral (normal 6 - 13mm). No grupo dos 24 homens perceberam-se alteraçöes clínicas de atrito subacromial em 2 casos e de ruptura de manguito rotador em 1 caso. As radiografias mostraram-se alteradas em 45,83 por cento dos ombros, mas sem diminuiçäo da distância acrômio-umeral (normal é de 6 - 13mm). Näo houve correlaçäo clínico-radiográfica em ambos os grupos, nem predomínio das alteraçöes ao RX no membro superior dominante (40,74 por cento nas mulheres e 50 por cento nos homens). Concluiu-se, portanto, que uma porcentagem relativamente alta de pessoas acima da 6ª década de vida, apresentam anormalidades radiográficas nos ombros, as quais sugerem degeneraçöes tendinosas do manguito rotador. Essas degeneraçöes podem existir mesmo sem haver sintomas e ainda, mesmo sendo boas as funçöes dos ombros. Näo existiu correlaçäo clínico-radiográfica dos casos examinados e a predominância no lado dominante näo foi estatisticamente significativa. A prevalência de degeneraçöes tendinosas no manguito rotador do ombro foi de 19,23 por cento nas mulheres e de 12,5 por cento nos homens e, de rupturas tendinosas desses foi de 7,64 por cento e 4,16 por cento em ambos os grupos respectivamente