Estudo do epitélio de neovaginas confeccionadas com membrana amniótica pela técnica de McIndoe empacientes portadoras de agenesia de vagina através da determinaçäo dos receptores de estrogênio por método imunocitoquímico e pela microscopia eletrônica de transmissäo
Publication year: 1996
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal do Paraná. Departamento de Tocoginecologia. Setor de Ciências da Saúde to obtain the academic title of Professor Titular. Leader:
Um grupo de 33 pacientes jovens portadoras de agenesia vaginal, em sua maioria amenorreicas, com dificuldade ou impossibilidade de manter atividade sexual, submeteu-se à correçäo cirúrgica da anomalia pela técnica de McIndoe-Banister. Em cada uma das mulheres, a vaginoplastia criou uma cavidade ampla pela dissecçäo romba do espaço vásico-retal. Um molde de esponja sintética revestido pelo condom e pela membrana amniótica era introduzido e fixado na cavidade criada. No 8§ dia do pós-operatório, o molde era retirado, permanecendo um neoepitélio em formaçäo, oriundo da metaplasia da membrana amniótica. A MET realizada em tecidos obtidos de biópsias das neovaginas, quando comparada com tecidos obtidos em epitélios vaginais de mulheres hígidas no menacme mostraram características semelhantes nas três camadas destes epitélios, quer no citoplasma, quer nas organelas celulares. Comparou-se a intensidade dos REc em cortes histológicos de membrana amniótica, de mucosa vaginal de um grupo de mulheres no menacme e em biópsias de neoepitélio vaginal do grupo de mulheres submetidas à neovaginoplastias pela técnica de McIndoe modificada. Os REc estavam ausentes ou eram de baixa intensidade no epitélio amniótico, e apresentaram intensidade semelhante nas três camadas de mucosa, quer nas mulheres no menacme, quer no grupo de mulheres em que foi elaborada a neovagina com revestimento de membrana amniótica. A análise do neoepitélio vaginal obtido com enxerto de membrana amniótica para correçäo cirúrgica de agenesias vaginais evidenciou pela MET características de um epitélio vaginal trófico. A neovagina, com uma profundidade média de 7 a 8 cm, permitiu às pacientes uma atividade sexual satisfatória após manobras dilatadoras para ampliaçäo e distensäo da neomucosa