Trabalhadores em uma indústria têxtil: um estudo sobre fadiga e capacidade para o trabalho em turnos fixos de 12 horas em semana reduzida

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Ambiental to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Objetivo:

Verificar diferenças de capacidade para o trabalho, percepçäo de fadiga, de condiçöes de trabalho e de duraçäo e qualidade do sono entre grupos (diurno e noturno) de trabalhadores de uma indústria têxtil submetidos a jornadas de trabalho de 12 horas em turnos fixos e semana reduzida.

Método:

43 trabalhadores, sendo 7 trabalhadoras, de uma indústria têxtil responderam a um questionário de caracterizaçäo demográfica, do trabalho e de características de vida, a auto-avaliaçöes sobre fadiga, condiçöes de trabalho e índice de capacidade do trabalho. Destes 43 trabalhadores, 40 preencheram durante 14 dias consecutivos protocolos diários de atividades, com indicaçöes de duraçäo e qualidade dos episódios de sono. Destes 40 trabalhadores, 38 foram individualmente entrevistados, para determinar a preferência por turnos de trabalho fixos de 8 horas, em semana de 5 dias úteis, ou por turnos fixos de 12 horas em semana reduzida, com 4 dias úteis.

Resultados:

Näo foram encontradas diferenças estatisticamente signifcativas entre os resultados das auto-avaliaçöes de fadiga, das condiçöes de trabalho e do índice de capacidade para o trabalho, dos trabalhadores diurnos e noturnos e das trabalhadoras e trabalhadores diurnos, nem quanto à duraçäo e qualidade dos episódios de sono principal durante os dias de trabalho e os dias de folga.

Conclusöes:

O sistema de turnos fixos de 12 horas e semana reduzidas é o preferido pelos trabalhadores, quando comparado a turnos fixos de 8 horas e semanas de 5 dias de trabalho. Näo foi possível concluir, a partir dos instrumentos utilizados, que existam diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de trabalhadores diurnos e noturnos e trabalhadoras diurnas. Por tratar-se de assunto polêmico e atual é recomendável que novos estudos sejam feitos se possível com grupos maiores de trabalhadores e por períodos de tempo mais longo

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