Este é um estudo sobre a profissional enfermeira e o seu fazer cotidiano numa dada realidade concreta de ensino e assistência de enfermagem. Nele buscamos problematizar o objeto de reflexäo partindo da abordagem teórica feminista, onde adotamos como categoria analítica central o gênero. Na primeira parte da construçäo da pesquisa, abordamos alguns dos questionamentos feministas sobre as formas de construçäo e validaçäo do conhecimento e, para isso, enfocamos desde o período iluminista que inaugurou a modernidade no século XVIII, até a atualidade. Esse primeiro passo teve como finalidade a construçäo de uma nova forma de olhar para o nosso objeto de estudo, a enfermeira e o seu fazer, tentando reenquadrá-lo sob a ótica do gênero. Em um segundo momento, apresentamos e discutimos os resultados da análise dos dados empíricos. A partir da nossa principal categoria de análise, o gênero, construímos quatro subcategorias, onde a primeira teve como objetivo analisar as representaçöes sociais dos sujeitos sobre mulher, enfermeira, trabalho feminino e trabalho da enfermeira. Na segunda subcategoria construída buscamos apreender como as enfermeiras entendem desde os limites macropolíticos aos limites micro-institucionais que se interpöes no seu atuar cotidiano. Na terceira subcategoria, analisamos os aspectos de afetividade e emocionalidade presentes no fazer da enfermeira, enquanto um fazer feminino. A quarta subcategoria enfocou os movimentos dos sujeitos dentro das relaçöes de poder e as reelaboraçöes constantes que esses fazem dessas mesmas relaçöes e do seu próprio atuar