Comparaçäo entre os efeitos da administraçäo precoce e tardia de inibidor da enzima conversora da angiotensina, no infarto experimental em ratos

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista \"Júlio de Mesquita Filho\" to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Após o infarto agudo do miocárdio podem ocorrer complexas alteraçöes na arquitetura ventricular, envolvendo tanto o ventrículo infartado com o outro ventrículo. Recentemente, estas alteraçöes passaram a ser designadas como remodelaçäo ventricular pós-infarto. Do ponto de vista clínico, a remodelaçäo pode estar associada a pior prognóstico, após o insulto isquêmico. Assim, foi verificado que este processo se associa a ruptura ventricular, piora funcional, arritmias e formaçäo de aneurismas. Outro fator relevante refere-se ao fato de que a evoluçäo do processo de remodelaçäo pode ser modificada por meio de diversas intervençöes terapêuticas, dentre elas o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina. Há controvérsias na literatura, porém, a respeito do momento ideal para administraçäo da droga e em quais situaçöes os coraçöes submetidos a infarto se beneficiariam com o tratamento. Assim, o nosso trabalho teve o objetivo de analisar os efeitos da administraçäo precoce e tardia de lisinopril, em parâmetros clínicos e morfo-funcionais, pós-IAM, em diferentes tamanhos de infarto do miocárdio, em ratos. Foram estudados 397 ratos que, 12 horas após o infarto, foram divididos em 3 grupos: NT (n=51), formado pelos animais näo tratados; LP (n=63), formado pelos animais que receberam lisinopril (20mg/kg/d) imediatamente após a randomizaçäo dos animais e grupo LT (n=54), formado pelos animais que receberam o tratamento 21 dias após a cirurgia. Em relaçäo à mortalidade verificou-se que, após o período de recuperaçäo de 12 horas, a sobrevida observada em 3 meses näo atingiu significância estatística, entre os 3 grupos. Em relaçäo aos parâmetros clínicos e morfo-funcionais, os infartos que correspondiam a mais do que 40 por cento do ventrículo esquerdo (VE) foram considerados infartos grandes; aqueles que correspondiam a menos de 40 por cento do VE foram considerados infartos pequenos. Assim, os animais dos grupos NT, LP e LT foram subdivididos em funçäo destes diferentes tamanhos de infarto. A análise funcional foi realizada por meio da construçäo de curvas de Starling, em modelo no qual variava-se a pressäo diastólica de 0 a 30 mmHg, registrando-se: as pressöes sistólicas (PS) correspondentes, a primeira derivada temporal de pressäo (+dP/dt) e a derivada negativa de pressäo (+dP/dt) e a derivada negativa de pressäo (-dP/dt). Foi verificado que para infartos pequenos, o grupo LP apresentou melhora de todos os parâmetros funcionais...

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