O maior acesso aos métodos de prevençäo e as modalidades de tratamento restaurador aplicadas atualmente têm preservado a dentiçäo natural por um período cada vez maior de tempo, fazendo com que os pacientes mantenham um número cada vez maior de dentes até idades mais avançadas. Esta nova situaçäo motivou o questionamento dos conceitos tradicionais que preconizavam a reposiçäo de todo elemento ausente, uma vez que, com o aumento da idade, verificou-se que a reduçäo no comprimento do arco dentário näo era täo debilitante como se acreditava. Em consequência, uma oclusäo com um número menor de unidades dentais passou a ser funcionalmente aceitável. Avaliou-se a articulaçäo da fala de pacientes portadores de arco dental reduzido (3 a 5 pares de dentes antagonistas posteriores), comparando-os com pacientes portadores de arco dental completo e pacientes com arco dental extremamente reduzido portadores de próteses parciais removíveis de extremo livre. Um Cirugiäo-Dentista e uma Fonoaudióloga avaliaram 29 pacientes. De acordo com a metodologia aplicada e a análise estatística dos reusltados, observou-se que näo foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os três grupos quando os pacientes foram questionados a respeito da sua própria fala. A maioria dos pacientes relatou näo apresentar dificuldades para falar, independentemente da sua condiçäo oclusal. Analisando-se os resultados da avaliaçäo da articulaçäo da fala pela Fonoaudióloga, observou-se também que näo houve diferenças estatisticamente significantes entre os três grupos. No que diz respeito à projeçäo lateral da língua, houve diferença estatisticamente significante entre o grupo de pacientes portadores de arco dental reduzido e o grupo de pacientes com arco dental extremamente reduzido portadores de próteses parciais removíveis de extremo livre, evidenciando o espraiamento lateral quando os dentes posteriores estäo ausentes