Influência dos fatores dietéticos sobre a massa óssea de pacientes litiásicos

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A diminuição na densidade mineral óssea tem sido relatada em pacientes litiásicos jovens portadores de hipercalciúria. Entretanto, a influência da dieta sobre a massa óssea destes pacientes ainda não está bem esclarecida. O objetivo deste estudo foi o de avaliar a influência de fatores dietéticos sobre a densidade óssea de pacientes com litíase cálcica. Registro alimentar de 4 dias e coleta de urina de 24h, para dosagens de cálcio, fósforo, geração de nitrogênio urêico, sódio e creatinina, foram obtidos de 85 pacientes litiásicos adultos (47H/38M, 41 ñ 11 anos). A densidade mineral óssea foi avaliada através da densitometria óssea em aparelho de emissão de dois fotóns com fonte de RX, em nível de coluna lombar (L2-L4) e colo de fêmur. Dos 85 pacientes, 37 (43(por cento)) apresentaram redução de densidade óssea (litiásicos COM osteopenia) e 48 (56(por cento)) não (litiásicos SEM osteopenia). A idade, peso, altura, índice de massa corporal e tempo de doença litiásica, não foram estatísticamente diferentes entre os grupos. As ingestões médias de cálcio, proteína e fósforo também foram semelhantes para ambos. Apesar de não haver diferenças entre as ingestões de cálcio e fósforo, os litiásicos COM osteopenia apresentaram relação Ca:P significantemente menor que os SEM osteopenia (0,5:1ñ 0,2:1 vs 0,6:1 ñ 0,2:1, p<0.05). Esta relação se correlacionou positivamente com T-Score da Coluna nos dois grupos avaliados. Os litiásicos COM osteopenia apresentaram uma ingestão média de cloreto de sódio (NaCl), significantemente maior que os litiásicos SEM osteopenia (14ñ5 vs 12ñ4 g/dia, p<0.05). Adicionalmente, a porcentagem de pacientes que ingeriam mais de 16 g/dia de NaCl, também foi maior entre litiásicos COM osteopenia comparado ao SEM osteopenia (35 vs 12(por cento), p<0.05). Com relação às médias de excreção de cálcio, fósforo e nitrogênio urêico, não foram observados diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Diferentemente, s excreção de sódio foi maior nos litiásicos COM osteopenia comparada aos SEM osteopenia (246 ñ 85 vs 204 ñ 68 mEq/dia). Uma maior porcentagem de pacientes hipercalciúricos foi detectada entre os litiásicos COM osteopenia comparado aos SEM osteopenia (62 vs 35(por cento), p<0.05). Dentre os litiásicos COM osteopenia, houve uma correlação positiva entre calciúria e excreção de sódio (r=0,46, p<0.01) e negativa entre o T-Score da Coluna e a excreção de sódio...(au)

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