Teste do BTA no diagnóstico do carcinomade células de transição da bexiga

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Este estudo procurou determinar o valor diagnóstico do teste do BTA, comparando-o com a citologia oncótica urinária por filtragem, usando como padrão a cistoscopia e o exame histopatológico. Foram realizados o teste do BTA e a citologia na urina de 101 indivíduos com idade entre 40 e 91 anos (média de 58), dos quais 31 eram portadores de tumor de bexiga e 70 (grupo-controle) não apresentavam tumor vesical. Dentre estes últimos, 30 apresentavam hiperplasia prostática, 20 tinham cálculo renal e 20 não eram portadores de qualquer patologia. O teste do BTA foi realizado antes da cistoscopia, da biópsia e da ressecção, na urina natural e na urina adicionada de sangue do próprio paciente. Os exames citológico e histopatológico foram realizados sem o conhecimento prévio do resultado destes testes. O teste do BTA foi tão sensível quanto a citologia oncótica por filtragem (71 por cento vs 58 por cento ; p=O,75), porém, foi menos específico (84,3 por cento vs 98,6 por cento ; p=O,Ol), apresentou uma razão de verossimilhança (likelihood ratão) para resultados positivos muito mais baixa (41,42 vs 4,52) e um menor valor predictivo positivo (66,6 por cento vs 94,7 por cento ). A presença de cálculo renal influenciou os resultados do teste do BTA (p=O,O2), mas, a adição de sangue à urina não o fez (p=O,50). O grau de malignidade, o estadio patológico, a forma e o número de tumores, bem com a presença de hiperplasia prostática não influenciaram os resultados da citologia oncótica nem do teste do BTA. Tanto os resultados da citologia (p=O,O455) quanto os do teste do BTA (p=O,OO8l9) foram influenciados pela área da base do tumor. Um resultado de citologia oncótica positivo com teste do BTA negativo apresentou 75 por cento de probabilidade de acerto, enquanto que no caso inverso esta probabilidade foi de apenas 39 por cento . Verificou-se ainda que quando ambos os testes foram negativos houve 9 por cento de chance de existir tumor e quando ambos foram positivos esta possibilidade foi de IOO por cento . No entanto, o grau de concordância dos dois exames foi pequeno (K=0930). Concluimos que o teste do BTA não substitui a citologia oncótica no diagnóstico do tumor de bexiga mas pode ser um exame auxiliar desta, principalmente nas lesões iniciais e nas de baixo grau

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