Complicações pós-operatórias em reconstrução da mama imediata com implante de silicone
Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A reconstrução da mama imediata pós mastectomia, com implante de silicone, é um método simples. Pode, porém, ser acompanhada de efeitos adversos e morbidade pósoperatória. Foram estudados retrospectivamente 323 casos de reconstrução de mama imediata com implante de silicone, após mastectomia total, com ou sem linfadenectomia axilar, realizados no Institut Gustave-Roussy - Villejuif - França, no período entre janeiro de 1990 a janeiro de 1992. O objetivo do estudo foi analisar as complicações pós-operatórias e buscar relação entre as complicações pós-operatórias e a remoção do implante. Os métodos estatísticos utilizados foram o teste do Qui-quadrado, e o teste exato de Fisher quando ocorreram as restrições de Cochran. A complicação pós-operatória mais freqüente foi a linfocele, encontrada em 34,9 por cento das cirurgias, seguido da necrose cutânea com 22,9 por cento , da infecção com 19,3 por cento e do hematoma com 13,3 por cento dos casos. A remoção do implante foi mais freqüente, com significância estatística, quando ocorreu algum tipo de complicação cirúrgica (X2 = 48,428 *), e quando ocorreu mais de um tipo de complicação (p < O,OOOO I *). A complicação pós-operatória mais freqüente nos casos de remoção do implante foi a infecção (75,0 por cento ), com associação significante entre a presença de infecção e a remoção do implante (p < O,OOOO I *). O expansor foi o tipo de implante que mais teve relação com complicações pósoperatórias (p = O,002 por cento *) e remoção do implante (p = O,0164 *). O uso de implantes de volume acima de 300 ml apresentaram significativamente mais risco de remoção do implante que os implantes de volume até 300 MI (X2 = 4,287 *)