Luxação congênita do quadril: estudo de 103 quadris tratados pela técnica de Salter isolada ou associada a osteotomia do fêmur

Publication year: 1998
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Os resultados do tratamento da LCQ por meio da reduçao aberta e osteotomía do ilíaco pela técnica de SALTER (l961) foram analisados em 93 pacientes (lO3 quadris) entre 18 meses e 5 anos de idade. A técnica de SALTER (l961) foi precedida por período de traçao percutânea em 84 quadris (81,55 por cento ), Em 59 quadris (59,28 por cento ) foi associada a osteotomia do fêmur, logo a seguir ou algum tempo após a cirurgia inicial, com o objetivo de corrigir a anteversao femoral excessiva. Os quadris foram divididos em grupo A (44 quadris)tratados pela técnica de SALTER (l961) e grupo B (59 quadris), onde, além da técnica de SALTER (l961), foi adicionada subseqüentemente a osteotomia do fêmur. Os resultados do grupo A foram comparados aos do grupo B nas faixas etárias entre 18-30 e 31-60 meses. Os resultados foram bons em 33 quadris (75,00 por cento ) do grupo A e em 38 (64,40 por cento ) do grupo B. No grupo A obtiveram-se 89,28 por cento de bons resultados nos pacientes operados entre 18 e 30 meses (A1), em comparaçao com 50,00 por cento de bons resultados nos pacientes operados entre 31 e 60 meses (A2). Essa diferença mostrou-se estatisticamente significativa (p = O,006). No grupo B nao foi observada diferença estatística nos resultados entre os grupos operados entre 18 e 30 (B1) e 31 e 60 meses (B2)$k análise comparativa entre os grupos A e B mostrou que, nos quadris tratados somente pela técnica de SALTER (l961) entre 18 e 30 meses (A1), 89,29 por cento tiveram bons resultado, ao passo que, naqueles em que foi adicionada a osteotomia do fêmur (B1), os resultados bons baixaram para 65,00 por cento . Essa diferença foi estatisticamente significativa (p = O,022). Nos pacientes operados entre 31 e 60 meses nao houve diferença estatística nos resultados entre os grupos sem e com osteotomla do fêmur. O grau de displasía medido pelo IA pré-operatório, a melhora do IA proporcionada pela cirurgia, o uso de traçao pré-operatória e o tipo de luxaçao nao tiveram influência nos resultados tanto para o grupo A como para o B. Somente o grupo AI sofreu influência de tratamento prévio, onde os melhores resultados foram obtidos nos quadris que nao haviam sido tratados previamente

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