Avaliação da resposta terapêutica a três diferentes esquemas antiretrovirais em portadores de HIV-1 sem tratamento prévio e com deterioração imunológica, considerando características genéticas do hospedeiro e virais
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A Síndrome da lmunodeficiência Adquirida (Aíds) vem acometendo milhoes de indivíduos em todo o mundo, caracterizando uma grave pandemia, ainda íncontrolável. Inúmeros sao os esforços mundiais para melhor se conhecer a fisiopatogenia e a história natural da infecçao pelo Vírus da lmunodeficiência Humana (HIV), em seus vários aspectos. Nao sabemos ainda por que motivo alguns indivíduos sao constantemente expostos ao HIV e nao se infectam, assim como nao sabemos porque diferentes indivíduos infectados evoluem de formas distintas, mesmo quando a fonte de infecçao é a mesma. Fatores próprios do hospedeiro parecem contribuir para as diferenças verificadas na infectividade e evoluçao clínica da infecçao. Estudos recentes demonstraram que indivíduos que sao homozigotos para a mutaçao s32 no gene que codifica o receptor de quimoquinas CCR5 (CCR5s32/s32) sao altamente resistentes à infecçao pelo HIV-1, e os heterozigotos para o alelo mutante progridem mais lentamente para a doença, quando comparados aos homozigotos para a normalidade. Também a presença do alelo mutante CCR2-64I no gene que codifica o receptor de quimoquinas CCR2 foi associada com progressao mais lenta para a doença. Para avaliar a correlaçao entre a diversidade genética dos genes que codificam os receptores de quimoquinas CCR5 e CCR2 em pacientes infectados pelo HIV-1 e a resposta terapêutica a diferentes esquemas antiretrovirais, assim como a participaçao do subtipo genético do HIV-1 envolvido, estudamos prospectivamente, entre abril de 1995 e maio de 1997, 177 pacientes portadores de HIV-1 virgens de tratamento antiretroviral, todos com deficiência de imunidade celular medida pela contagem de linfócitos T CD4+ menor que 350 célula/mm3. Os pacientes foram randomizados de forma cega para receber um de três esquemas terapêuticas específicos para infecçao por HIV-1, sendo que 33 por cento foi alocado no grupo l para receber terapia dupla IDV + AZT; 35 por cento no grupo 2, para receber monoterapia com IDV; e 32 por cento no grupo 3, para receber monoterapia com AZT. Uma vez que o estudo se iniciou em abril de 1995, tais esquemas terapêuticas, incluindo monoterapias, eram aceitos pela comunidade científica. No entanto, a partir de maio de 1996, após a divulgaçao de informaçoes que aboliam a monoterapia com análogos nucleosídeos como opçao terapêutica eficaz, fomos obrigados a, ainda de forma cega, incluir um segundo análogo nucleosídeo ...(au)