Estudo histomorfométrico do osso trabecular de ratas castradas após a administraçäo de estrogênio, isolado ou associado ao progestagênio, e de tamoxifeno

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Estudaram-se 40 ratas adultas, virgens, com aproximadamente 4 meses de vida e pesando, em média, 200 gramas. Com a finalidade de reproduzir um estado deficiência estrogênica todos os animais foram submetidos à ovariectomia bilateral. No 4§ dia após a castração, foram divididos em 4 grupos, cada qual com 10 ratas: grupo I ou controle, no qual se administrou apenas o veículo propilenoglicol, que também foi utilizado para administração dos fármacos dos grupos II, III e IV; grupo II que recebeu estrogênios conjugados eqüinos, na dose diária de 50 µg/rata; grupo III o qual recebeu tamoxifeno, na dose de 250 µg/rata/dia; e grupo IV o qual se tratou com a mesma dose de estrogênio do grupo I, associado continuamente ao acetato de medroxiprogesterona, na dose de 2 mg/rata/dia. Em todos os grupos os fármacos foram administrados por via oral (gavagem), no volume de O,5 ml, durante 55 dias consecutivos. Também foi fornecida tetraciclina por via subcutânea, na dose de 20 mg/kg de peso, nos dias 21, 20, 19, 5, 4 e 3 antes do sacrifício. Todos os animais foram anestesiados 24 horas após a última dose das drogas estudadas, quando se retirou a tíbia direita de cada animal, que foi totalmente limpa para exposição do osso trabecular, o qual foi estudado pela análise histomorfométrica, utilizando-se parâmetros estáticos (volume trabecular, superfícies reabsorvida, osteoblástica e osteoclástica, espaço trabecular e número de trabéculas), assim como um parâmetro dinâmico, representado pela taxa de aposição mineral. Os resultados demonstraram que os estrogênios conjugados isolados ou associados ao acetato de medroxiprogesterona, como também o tamoxifeno, reduziram as taxas de remodelação óssea, comprovada pelos menores valores das superfícies reabsorvida, osteoblástica e osteoclástica em relação ao grupo controle. Observamos, ainda, que a reposição estrogênica isolada ou associada ao progestagênio, bem como, o tamoxifeno, determinaram maiores valores do volume trabecular e da taxa de aposição mineral em relação ao grupo controle. Concluímos que o tamoxifeno demonstrou atividade agonista-estrogênica no osso trabecular da tíbia de ratas adultas castradas

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