(Re) construindo o hospital: a ótica da criança portadora de doença renal crônica

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

O objetivo desta pesquisa foi rever pela ótica da criança portadora de doença renal crônica o ambiente hospitalar e a adequação ou não desta estrutura em atender suas necessidades durante os períodos freqüentes de internação para realizarem tratamento dialítico, e captar no imaginário dessas crianças como elas percebem o hospital e que modificações introduziriam nesta realidade para que mantenham ou recuperem sua qualidade de vida. Como também conhecer em que medida familiares e profissionais facilitam ou bloqueiam esta busca de viver com qualidade. O estudo está fundamentado nos pressupostos da investigação qualitativa, na Teoria das Representações Sociais e na Teoria existencialista de Sartre, visando compreender como essas crianças constroem sua relação com o mundo do hospital e com os profissionais que nele trabalham. Os trabalhos de campo foram realizados por meio de entrevistas contendo oito questões abertas e semi-estruturadas, leitura de prontuário hospitalar e acrescidas pelo uso da Técnica Projetiva (desenhos-estórias com tema dirigido). Deste modo, foi possível identificar quatro núcleos temáticos denominados: "0 hospital é assim..., em que as crianças falam de suas expectativas em relação a este ambiente; "Sentimentos expressos... em busca de significados", em que falam sobre suas angústias, medos e esperanças durante o transcorrer do longo tempo em que permanecem em tratamento; "0 que as crianças querem modificar", que se refere às mudanças por elas solicitadas em relação ao ambiente hospitalar e "Desconstruindo o hospital e a doença", em que as crianças retratam a realidade da doença e das internações rotineiras em suas vidas. Ao realizar esta discussão percebeu-se que a vontade expressada por essas crianças era de que a doença desaparecesse de suas vidas, que nascessem normais, sem problemas de saúde; assim, à guisa de buscar uma resposta a esta solicitação, faço referências a um enfoque diferente no cuidado de enfermagem pediátrica a ser prestado a elas baseado no "agora e no estar junto", ou seja, "em momentos felizes"

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