O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo comparativo do desempenho das próteses auditivas analógicas e próteses auditivas digitais. A amostra constituiu-se de dezesseis indivíduos, sendo quatro do sexo masculino e doze do sexo feminino, com idades entre 27 e 79 anos, usuários de próteses auditivas analógicas do tipo intra-canal e micro-canal. Como procedimentos de avaliação objetiva, foram obtidos os limiares de audibilidade em campo livre sem e com próteses auditivas e o ganho funcional, nas freqüências de 500 a 6000 Hz. Foram determinados os valores da relação sinal/ruído, onde foram obtidos os limiares de reconhecimento de sentenças com ruído competitivo. Como procedimento de avaliação subjetiva, foi aplicado o questionário de auto-avaliação APHAB, para determinar o grau de benefício, sem e com o uso dos diferentes tipos de próteses. Os resultados evidenciaram que o desempenho das próteses auditivas analógicas e digitais foram semelhantes na maioria dos resultados obtidos nos procedimentos de avaliação, tendo sido evidenciadas diferenças sígnificantes apenas nos valores do ganho funcional, em freqüências específicas e nas situações sem e com o uso dos diferentes tipos de próteses auditivas. Nas medidas de ganho funcional, foram constatadas diferenças estatisticamente significantes, nas freqüências de 1000, 3000, 4000 e 6000 Hz, entre os valores obtidos com próteses auditivas analógicas e digitais, no mesmo indivíduo, indicando um melhor desempenho das próteses auditivas digitais. Os valores médios dos limiares de reconhecimento de sentenças no ruído foram similares com o uso das próteses auditivas analógicas e com as próteses auditivas digitais, tendo sido significativamente mais elevados na situação sem o uso de prótese auditiva. Os valores médios da relação sinal/ruído, onde foram obtidos os LRSR, mantiveram-se similares nas situações sem e com o uso de próteses analógicas e próteses digitais