Uma avaliação otoneurológica, incluindo a electronistagmografia computadorízada, óculos de Frenzel e a prova de auto-rotação cefálica, no plano horizontal e vertical com os olhos abertos e alvo fixo, foi conduzida em 100 pacientes com hipótese diagnostica de vertigem posicional paroxística benigna. A auto-rotação cefálica foi uma prova rápida, fácil de efetuar e confortável para os pacientes. Tontura leve ou moderada durante a prova foi relatada pela grande maioria dos pacientes, com ou sem anormalidades dos parâmetros do RVO horizontal ou vertical nesta prova. Alterações isoladas ou associadas de ganho, fase e assimetria do reflexo vestíbulo-ocular horizontal e/ou vertical, foram os achados indicativos de comprometimento vestibular em 77,0 por cento dos casos de vertigem posicional paroxística benigna. Diante do que foi possível depreender destes resultados, a prova de auto-rotação cefálica permite evidenciar distúrbios do reflexo vestíbulo-ocular horizontal e/ou vertical em relevante proporção dos pacientes com vertigem posicional paroxístíca benigna, contribuindo, portanto, para a confirmação do diagnóstico de disfunção vestibular nestes casos