Eficácia e segurança do sotalol versus a quinidina na manutençäo do ritmo sinusal após reversäo de fibrilaçäo atrial
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Com a finalidade de comparar a eficácia e a segurança das terapias com o sotalol e com a quinidina no tratamento de manutenção do ritmo sinusal após a cardíoversão química ou elétrica de um episódio de fibrilação atrial sustentada de até seis meses de duração, foram analisados, por meio de um estudo multicêntrico prospectivo randomizado e aberto, 121 pacientes. Setenta e um pacientes eram do sexo masculino e 50, do sexo feminino. A idade variou de 25 a 75 anos, com uma mediana de 56 anos. Cinqüenta e seis (46 por cento) pacientes apresentavam fibrilação atrial isolada e 65 (54 por cento) pacientes tinham algum tipo de cardiopatia estrutural. Foram excluídos os pacientes com insuficiência cardíaca congestiva em classe funcional III ou IV. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo menor que 40 por cento e o diâmetro atrial esquerdo maior que 5,2 cm também foram critérios de exclusão. O diâmetro médio do átrio esquerdo foi de 39 ñ 6 mm e a fração de ejeção média do ventrículo esquerdo, de 68 ñ 9 por cento. Cinqüenta e oito pacientes (48 por cento) nunca haviam apresentado episódios prévios de fibrilação atrial. Oitenta pacientes (66 por cento) puderam relatar, com certeza, o início da arritmia, sendo 49 (61 por cento) com fibrilação atrial de início recente (<72 horas) e 31 (39 por cento) com fibrilação atrial de longa duração (>72 horas). Cinqüenta e oito pacientes foram randomizados para a terapia com o d,l-sotalol, na dose de 160 a 320 mg/dia, e 63 pacientes para a terapia com o sulfato de quinidina, na dose de 600 a 800 mg/dia. Após seis meses de acompanhamento, pelo método de Kaplan-Meíer, as probabilidades de sucesso foram comparáveis entre as terapias com o sotalol (74 por cento) e com a quinidina (68 por cento). Entretanto, as recorrêncías foram mais tardias nos pacientes tratados com o sotalol em comparação aos tratados com a quinidina (69 versus 10 dias, p