Os efeitos dos fatores de crescimento EGF, IGF-I ou HGF sobre células MDCK privadas e glicose e submetidas a hipóxia gasosa

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Introdução. Na Insuficiência Renal Aguda (IRA), a morte celular e conseguinte destacamento do epitélio tubular renal pode ser em decorrência dos mecanismos de necrose e apoptose, na dependência da intensidade e duração da lesão. Por outro lado, os Fatores de Crescimento, quer por ação autócrina, parácrina ou endócrina têm se mostrado benéficos em diversos estudos experimentais de IRA. Materiais e Métodos. Neste estudo, células MDCK foram cultivadas em meio de cultura sem giicose por 24 horas e então submetidas à infusão de mistura gasosa (N2 95 por cento e CO2 5 por cento) durante 20 minutos. As garrafas de cultura foram mantidas seladas por 24 horas adicionais e a PO2 do meio de cultura situou-se ao redor de 35 mmHg (Grupo lesão). Com o intuito de se avaliar a possível proteção dos fatores de crescimento, EGF, IGF-1 ou HGF, na concentração de 20 ng/ml, foram adicionados ao meio de cultura no início do protocolo de lesão. Como marcador de lesão de membrana plasmática, medimos a liberação da desidrogenase láctica para o meio extracelular (DHL). A viabilidade celular (VIA) foi avaliada pelos corantes acridine orange e brometo de etídio. A quantificação morfológica da apoptose (APO) foi determinada pelo corante Hoechst 33342. Os resultados percentuais são expressos como média ñ desvio padrão. Resultados Controle Lesão EGF IGF-1 HGF 3,16ñ1,12 56,93ñ11,77* 59,35ñ8,58 50,97ñ12,27 29,83ñ8,21# DHL (N=12) (N=42) (N=15) (N=16) (N=16) 93,48+9,47 61,43ñ3,95* 64,27+-6,50 68,47ñ7,67 79,39ñ3,76# VIA (N=12) (N=16) (N=16) (N=16) (N=12) O,16ñ0,28 22,18ñ4,34* 16,55-+6,81 13,28ñ5,18 5,40ñ1,97' APO (N=12) (N=13) (N=12) (N=12) (N=12) p < O,001 vs Controle; " p < O,001 vs Lesão Conclusões: O protocolo de lesão ocasionou aumento na liberação de DHL e na quantidade de células apoptóticas concomitante a diminuição da viabilidade celular, indicando importante sofrimento celular. O tratamento prévio com os fatores de crescimento EGF ou IGF-1 não determinou proteção celular conforme os parâmetros analisados. Somente a adição de HGF mostrou-se benéfica. O HGF causou redução na liberação de DHL e do fenômeno da apoptose associadas ao aumento da viabilidade celular. Em paralelo a sua habilidade de induzir mitogênese e morfogênese em células MDCK, o HGF parece agir em ambos os mecanismos de morte celular, necrose e apoptose, contribuindo assim, para a melhora observada no quadro de IRA isquêmica/hipóxica

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