Prevalência de resistência genotípica primária aos antiretrovirais em indivíduos recém-infectados pelo HIV-1: análise do polimorfismo do gene pol

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Devido ao crescente uso de drogas antiretrovirais no tratamento da infecção pelo HIV-1, a transmissão de cepas resistentes tem sido motivo de grande preocupação e considerada um possível empecilho ao controle da epidemia. Neste estudo, a presença de mutações relacionadas à resistência aos inibidores das enzimas transcriptase reversa (RT) e protease (PT) foi avaliada em 31 doadores de sangue recém-infectados pelo HIV-1 e virgens de tratamento. A caracterização dos indivíduos como portadores de infecção recente (menos de 120 dias) foi realizada através do "Less-sensitive Assay" (LS-EIA). Seqüências genéticas de RT e PT dos 31 indivíduos foram obtidas e a análise dos resultados mostrou, na região da transcriptase reversa, as mutações de resistência K7OR (zidovudina) e VlO8I (nevirapina) (2/31; 6,5 por cento). Dois polimorfismos que facilitam resistência à combinação ZDV+ 3TC foram vistos( R2llK e L2l4F) em 12/31 (38,7 por cento) e 29/31 (93,54 por cento) indivíduos, respectivamente. Na região da protease, encontrou-se apenas uma mutação principal de resistência, a M46I (ll3l; 3,22 por cento), e várias mutações consideradas acessórias: LlOI (3/31; 9,67 por cento), M36I (4/31; 12,9 por cento), L63P (l2/3l; 38,71 por cento), e a V77I (6/31; 19,35 por cento). A prevalência de mutações acessórias foi de 80,64 por cento (25/31), mas todos os indivíduos, com exceção de um, apresentaram apenas uma ou duas mutações acessórias simultaneamente. A importância de conhecer-se o perfil de resistência primária de diferentes populações reside na possibilidade de escolha de esquemas mais apropriados como terapêutica na infecção primária, no desenho de novas drogas antiretrovirais, assim como na decisão quanto a necessidade do uso de testes de genotipagem anteriores ao início do tratamento

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