Transtorno obsessivo-compulsivo e comorbidade: um estudo caso-controle

Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Introdução:

A escolha do transtorno obsessivo-compulsivo como ponto de partida para o estudo da comorbidade psiquiátrica foi bastante propícia, pois o TOC foi e continua sendo objeto de interesse de estudiosos das mais diversas áreas do conhecimento, pelo fascínio despertado por sua psicopatologia e sua íntima conexão com a dimensão afetiva.

Objetivos:

Identificar as entidades comórbidas presentes em casos e controles, determinando sua freqüência na atualidade e ao longo da vida; examinar a magnitude da associação entre TOC e os transtornos comórbidos atuais e longitudinais; verificar a comorbidade no TOC examinando associações com transtornos dos espectros do humor, ansiedade, abuso e dependência de substâncias e TOC ao longo da vida; estudar a história natural da comorbidade em pacientes com TOC, descrevendo a seqüência de instalação e evolução das entidades nosológicas ao longo da vida; rastrear os transtornos envolvidos na dimensão afetiva, investigando a associação de transtornos fóbicos e TOC com transtornos do espectro humor; verificar a interferência da gravidade do TOC, anos de duração do TOC e número de diagnósticos psiquiátricos (comorbidade ao longo da vida e no momento atual) no funcionamento sócio-ocupacional.

Método:

Desenho: Estudo caso-controle.

Local:

Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina: Departamento de Psiquiatria (Programa de Atendimento aos Pacientes Portadores de Distúrbio Obsessivo Compulsivo - PRODOC) e Departamento de Oftalmologia (Ambulatório de Refração).

Participantes:

Casos: todos os pacientes com diagnóstico primário de TOC segundo critérios do DSM-IV (N = 42) atendidos no PRODOC de maio a outubro de 1996.

Controles:

pacientes com comprometimento da acuidade visual (N = 42) selecionados aleatoriamente entre a clientela atendida no Ambulatório de Refração de agosto a dezembro de 1996. Casos e controles foram pareados segundo sexo, idade e escolaridade. Foram excluídos da amostra indivíduos com comprometimentos auditivos ou verbais suficientemente graves que impossibilitassem a entrevista. TOC e retardo mental constituíram critérios de exclusão apenas no grupo controle. A coleta de dados baseou-se em avaliação psiquiátrica de casos e controles (entrevistas individuais com os pacientes e entrevistas conjuntas com a família quando necessário), consultas a prontuários do PRODOC e entrevistas com psiquiatras responsáveis pelo atendimento dos casos.

Instrumentos:

Entrevista ...(au)

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