Contribuiçäo do ultra-som intracoronário como método guia para o implante ótimo do stent de Palaz-Schatz em 1096 pacientes consecutivos: impacto na reestenose clínica
Publication year: 1999
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
O ultra-som intracoronário é uma técnica tomográfica, que permite o estudo "in vivo" da parede vascular normal, dos componentes da placa aterosclerótica, as mudanças quantitativas e qualitativas que ocorrem no ateroma, em várias circunstâncias, como durante e após acompanhamento da progressão da doença aterosclerótica e do fenômeno da reestenose. Devido a sua maior acurácia diagnóstica, o ultra-som intracoronário está indicado na avaliação da s implicações e dos resultados subótimos no implante do stent. Há alguns anos, o implante do stent era limitado, devido incidência elevada e trombose sub-aguda. O ultra-som permitiu evidenciar que o resultado subótima pós implante do stent era inadequada, e que o uso rotineiro de pressões levadas melhorava sua expansão, e possibilitava a simplificação do regime antitrombótico. A combinação do implanta ótimo guiado pelo ultra-som com ticlodipina e aspirina reduziu a trombose sub-aguda para níveis inferiores a 1 por cento. Contudo, o uso rotineiro de altas pressões não assegura expansão adequada da prótese. Somente um terço dos stents implantados, utilizando como guia angiografia, apresenta expansão ótima. É importante enfatizar que os preditores mais importantes de reestenose no implante do stent são os parâmetros ultrassonográficos (dimensões finais da luz). Os trabalhos que demonstraram as menores taxas de reestenose são os que empregaram o uso rotineiro do ultra-som no implante do stent, dentre eles pode-se destacar o MUSIC, que apresentou taxa de reestenose de 8.3 por cento, refletindo uma das menores taxas de reestenose já descritas. Recentemente foi concluído o estudo CRUISE, que foi realizado com o objetivo de avaliar o impacto do uso rotineiro do ultra-som intracoronário nas taxas de reestenose e na evolução clínica em 9 meses após o procedimento. O implante dos stents guiados pelo ultra-som resultou em dimensões maiores da luz do vaso, o que traduziu em uma redução de 40 por cento na necessidade de revascularização aos 6 meses. A experiência do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia confirma estes achados. No período de outubro de 1998 a outubro de 1999, o ultra-som intracoronário foi realizado em 120 pacientes. Em 71 casos o ultra-som foi utilizado para guiar o implante de stent. Em 35 por cento dos casos o ultra-som detectou algum critério de imperfeição do implante, seja por expansão inadequada ou por falta de aposição das hastes, e em 3 casos o ultra-som identificou dissecções ...(au)