Avaliaçäo da aplicaçäo de medidas e controle para infecçöes por Staphylococcus aureus resistentes a oxacilina em unidade de terapia intensiva
Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
A aquisição de Staphylococcus aureus resistente a meticilina/oxacilina (MRSA) é um evento freqüente no paciente hospitalizado em unidade de terapia intensiva (UTI). Estudos vem demonstrando a importância dos portadores nasais de MRSA no desenvolvimento de infecções e pacientes internados em tais unidades. Avaliamos a eficácia da implantação de medidas de control para prevenção de infecções por MRSA em UTI de adultos, seu efeito nas taxas de infecção hospitalar da unidade, bem como a prevalência e a incidência de portadores nasais de MRSA e profissionais e pacientes internados nesta unidade, a eficácia do tratamento de descolonização com mupirocim tópico e o desenvolvimento de resistência a este antibiótico. Foi realizado estudo tipo coorte, prospectivo, com os pacientes internados consecutivamente na unidade e incluídos na vigilância epidemiológica de infecções hospitalares seguindo a metodologia do National Nosocomial Infections Surveillance System (NNISS) e dividido em três períodos: 12 de junho de 1996 a 31 de outubro de 1996 (grupo controle); 10 de novembro de 1996 a 31 de outubro de 1997 (grupo intervenção) e, 12 de novembro de 1997 a 30 de junho de 1998 (grupo pós-intervenção). As medidas de intervenção aplicadas foram educação em serviço para os profissionais da unidade; identificação precoce dos pacientes colonizados e infectados por MRSA no leito ou prontuário (para isolamento de contato) e tratamento dos portadores nasais, pacientes e profissionais de saúde com mupirocim tópico durante cinco dias. As infecções hospitalares (IH) detectadas pela metodologia NNISS foram comparadas entre os períodos controle e pós-intervenção. Durante o estudo tivemos na unidade 8.883 pacientes/dia incluídos na vigilância NNISS, sendo 1660 no grupo controle, 4072 no grupo intervenção e 3151 no grupo pós-intervenção. Os coeficientes de incidência global de infecção hospitalar por sítios (mediana mensal por 1000 pacientes/dia) no período controle, intervenção e pós-intervenção foram respectivamente: global: 45,71; 56,49; 46,95 (p=O,85); infecção da corrente sangüínea: 19,29; 20,67; 6,49 (p