Prevalência e eisco de transmissäo de Helicobacter pylori em pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A endoscopia digestiva alta tem sido reconhecida como fator de risco para transmissão do Helicobacter pylori (HP). O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de transmissão da infecção pelo HP por endoscopia digestiva alta (EDA) em pacientes submetidos previamente a este procedimento em ambientes que utilizam desinfecção de baixo nível. O estudo incluiu 1082 pacientes encaminhados ao Setor de Endoscopia Digestiva da Disciplina de Gastroenterologia da UNIFESP - EPM. Os pacientes que realizaram EDA ou que foram tratados com antibióticos nos 15 dias que antecederam o exame índice foram excluídos. A infecção pelo HP foi diagnosticada pelo teste ultra-rápido de urease. As variáveis idade, sexo, grau de escolaridade, diagnóstico endoscópico (com ou sem solução de continuidade da mucosa) e número prévio de endoscopias digestivas altas foram correlacionadas por análises univariadas, bivariadas e regressão logística. A variável profissão foi utilizada apenas como um dado descritivo. A prevalência da infecção pelo HP foi 60 por cento. A idade dos pacientes variou de 13 a 94 anos (x = 45,8, DP = 15,7) e o número de endoscopias digestivas altas prévias variou entre zero e 20 (x = 1,5, DP = 2,4). Em 53,3 por cento dos pacientes, a EDA revelou solução de continuidade da mucosa. A infecção pelo HP não se correlacionou com idade (61,5 por cento nos pacientes com idade inferior ou igual a 45 anos e 58,2 por cento naqueles com idade superior a 45 anos). A presença do HP foi maior em pacientes do sexo masculino em comparação ao sexo feminino (64,2 por cento vs 56,2 por cento, respectivamente). Não houve diferença estatisticamente sígnificante entre a presença do HP e o grau de escolaridade (p = O,64). A prevalência da infecção pelo HP foi mais alta em pacientes com diagnóstico endoscópico de solução de continuidade da mucosa do que sem solução de continuidade da mucosa (71,1 por cento vs. 47,1 por cento, p < O,001). A presença do HP ocorreu em 95 por cento dos pacientes com úlceras duodenais ativas e 85 por cento dos pacientes com úlceras gástricas ativas. A maior freqüência do diagnóstico endoscópico sem solução de continuidade ocorreu no sexo feminino em relação ao masculino (59,6 por cento vs 40,4 por cento; p = O,0003). Não houve diferença estatisticamente significante em relação ao número de endoscopias nos pacientes com ou sem infecção pelo HP (nenhuma EDA, uma a três EDA e > três EDA). Porém, quando se dividiu os grupos em < três e > três EDA...(au)

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