Valor da ecocardiografia sob estresse com dobutamina e da cintilografia de perfusäo miocárdica com tetrofosmim no diagnóstico da doença vascular do enxerto pós-transplante cardÃaco
Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
o transplante cardÃaco permanece como a forma de tratamento definitiva para os pacientes em estágio avançado de insuficiência cardÃaca, oferecendo-lhes maior Ãndice de sobrevida e melhora significativa de sua qualidade de vida. Entretanto a evolução pós-operatória pode ser marcada por intercorrências precoces e tardias que são potenciais fatores limitantes do bom funcionamento do órgão transplantado. A causa mais frequente de complicação tardia relacionada ao transplante cardÃaco é o desenvolvimento da doença vascular do enxerto ou coronariopatia pós-transplante. Trata-se de uma doença de etiologia ainda incerta, com várias condições predisponentes e que, pela natureza difusa e caráter silente de sua evolução, repercute em altas taxas de mortalidade. O diagnóstico não invasivo da doença é de difÃcil realização e a angiografia coronariana periódica tem sido o método usual de controle adotado pela maioria dos centros médicos que realiza o procedimento de transplante. Este estudo teve como objetivos avaliar a segurança, a exeqüibilidade e a capacidade da ecocardiografia de estresse com dobutamina diagnosticar sinais de doença coronariana em pacientes transplantados, tendo como método-referência a cineangiocoronariografia. Comparou-se, ainda, esta capacidade diagnostica com aquela apresentada pela cintilografia de perfusão miocárdica com tetrofosmin associada a uma prova de esforço. Foram estudados 46 pacientes com idade média de 46 anos e tempo médio de transplante de 40,4 meses. Nenhum paciente se encontrava na vigência de quadro clÃnico ou histopatológico compatÃvel com rejeição aguda. Os pacientes submeteram-se à avaliação clÃnico-laboratorial no inicio do protocolo, bem como à realização dos métodos para diagnóstico de doença isquêmica coronariana e foram acompanhados ambulatorialmente por um perÃodo de dois anos. A realização de todos os exames foi bem tolerada pela maioria dos pacientes, e não houve intercorrências. A ecocardiografia de estresse apresentou bons Ãndices diagnósticos e revelou sensibilidade de 67 por cento, especificidade de 89,5 por cento, valor preditivo positivo de 33 por cento e valor preditivo negativo de 97 por cento. A cintilografia de perfusão miocárdica associada a uma prova de esforço apresentou sensibilidade de 33 por cento, especificidade de 65 por cento, valor preditivo positivo de 8 por cento e valor preditivo negativo de 92 por cento. A concordância diagnostica entre os resultados dos dois...(au)