Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Foram estudados 133 olhos de 133 pacientes submetidos à trabeculectomia primária com aplicação de agentes antiproliferativos:
38 tratados com 5-FU e 95 com MMC com o objetivo de avaliar o comportamento pós-operatório da Po e de parâmetros de campo visual, assim como estudar as eventuais complicações pós-operatórias advindas do uso destes agentes. Os pacientes tratados com 5-FU receberam, em média, cinco injeções subconjuntivais de 50 mg. Nos tratados com MMC, a droga foi utilizada no peroperatório numa concentração de 5mg/ml aplicada por cinco minutos sob o retalho conjuntival. Todos os casos submetidos à cirurgia apresentavam Po inaceitável, independente do uso de terapia máxima tolerada. Após um seguimento médio de 53 ñ 24 meses (64 ñ 32 meses no grupo tratado com 5-FU e 48 ñ 17 meses no tratado com MMC), os níveis de Po foram de 27,4 ñ 7,4 mmHg (28,1 ñ 7 mmHg e 27,2 ñ 7,5 mmHg nos grupos tratados com 5-FU e MMC, respectivamente) para 10 ñ 4 mmHg (9,4 ñ 3,8 mmHg e 9,9 ñ 4 mmHg nos grupos tratados com 5-FU e MMC, respectivamente). Os níveis de Po não apresentaram diferenças estatisticamente significantes, nos períodos pré e pós-operatório, quando comparados os grupos em que se utilizaram a MMC e o de 5-FU. Em cada um dos grupos, separadamente analisados, a Po não apresentou valores estatisticamente significantes em nenhuma das avaliações pós-operatórias. O número de medicações utilizadas para controle da Po reduziu de 2,5 ñ I para O,4 ñ O,9. No grupo tratado com 5-FU a redução foi de 2,7 ñ O,7 para O,6 ñ 1,1 e no tratado com MMC foi de 2,4 ñ 1,1 para O,4 ñ O,6. Na análise dos pacientes que necessitaram de medicação antiglaucomatosa suplementar, foi possível observar que o porcentual de pacientes tratados aumentou no decorrer do acompanhamento. No grupo tratado com 5-FU, 23,1 por cento dos pacientes estavam em uso de medicação suplementar dois anos após a cirurgia. Entre aqueles tratados com MMC, quatro anos após a cirurgia, 19,6 por cento precisaram de medicação suplementar. A acuidade visual apresentou-se com pequena variação em todos os intervalos de seguimento pós-operatório, se comparada aos valores pré-operatórios. Aproximadamente 70 por cento dos casos apresentaram variação menor do que a duplicação do ângulo visual. A análise dos valores de MD e PSD, obtidos na perimetria computadorizada, pré-cirúrgicos e nos seis anos de acompanhamento não evidenciou significância estatística, inclusive na comparação entre os dois agentes ...(au)