Angioplastia convencional na reestenose coronária após implante de stent: importância do ultra-som intracoronariano

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Os stents foram os grandes otimizadores na angioplastia coronariana e diminuíram a reestenose da coronária, mas não a aboliram. A reestenose dos stents é uma situação de grande importância clínica, tendo em vista a ampliação da utilização destas próteses. Sua incidência é devida fundamentalmente à hiperplasia neo-intimal e as opções de tratamento são várias, com resultados ainda não completamente satisfatórios. O ultra-som intracoronariano e uma opção diagnóstica importante e também útil na orientação da seleção da terapêutica em Cardiologia Intervencional, bem como na avaliação dos resultados obtidos. Estudamos 21 pacientes consecutivos com reestenose intra-stent e analisamos os resultados da angioplastia coronariana convencional guiada pelo ultra-som intracoronariano na seleção do balão e na avaliação dos resultados. Analisando as características da reestenose, observamos pela angiografia digital seis pacientes com padrão focal e 15 pacientes com padrão difuso, O ultra-som intracoronariano mostra que no grupo com reestenose a AST luminal posterior foi de 5,98 ñ I,4 mm2 e no grupo sem reestenose foi de 7,95ñ1,9 mm2 (p = O,05). Observamos também que o diâmetro do stent após dilatação com balão de reestenose foi de 2,96 ñ O,1 mm no grupo com nova reestenose e de 3,23 ñ O,3 mm no grupo sem nova reestenose (p = O,06). A porcentagem de área de estenose após colocação do stent foi de 28,9 16 no grupo com nova reestenose e de 17,8 10 no grupo sem nova reestenose g (P=0,08). O índice de sucesso foi de IOO por cento nestes pacientes estudados e não ocorreram complicações maiores (IAM com onda Q, cirurgia de RM de emergência, ou óbito). Na evolução tardia de 19,5 ñ 14,3 meses após angioplastia coronariana, 16 pacientes (76 por cento) permaneceram assintomáticos. Concluindo, podemos dizer que a realização do ultra-som intracoronariano é segura, sem complicações e forneceu informações úteis e importantes para a decisão terapêutica. A AST luminal posterior maior foi acompanhada de menor chance de reestenose

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