Aspectos da atençäo ao paciente portador de neoplasia maligna: a experiência do HC-UNESP durante os anos oitenta
Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Estadual Paulista \"Júlio de Mesquita Filho\" to obtain the academic title of Doutor. Leader:
Com o objetivo de analisar o atendimento prestado pelo HC-UNESP ao paciente oncológico no período de 1980-89, foram revisados todos os prontuários de pacientes portadores de neoplasias malignas (2905 casos) diagnosticados pela primeira vez, e todos os atestados de óbitos de residentes em Botucatu (732 óbitos) que apresentaram, durante este período, as neoplasias malignas como causa básica ou associada de óbito. Durante o período de estudo, foram diagnosticados, em média, 207 casos novos por ano, sem evidências de ampliaçäo de atendimento. Destes pacientes, 89 por cento eram brancos, com idade média de 57,44 ñ 18,16 anos e residiam nas regiöes do ERSA de Botucatu (49,3 por cento), de Avaré (22,1 por cento), e de Bauru (5,6 por cento). Quanto à ocupaçäo, 30,3 por cento dos pacientes do HC-UNESP exerciam as tarefas "do lar", 24,5 por cento as de lavradores e 10,5 por cento estavam aposentados. As neoplasias mais frequentemente diagnosticadas foram as da pele (33,5 por cento), do estômago (8,5 por cento), do colo do útero (5,8 por cento), da mama e as do sistema hematopoético/reticuloendotelial, ambas com (5,2 por cento), e da traquéia, brônquios e pulmäo (4,7 por cento). Destes pacientes, somente 5,3 por cento foram encaminhados com diagnóstico. No HC-UNESP, a histologia do tumor ou de suas metástases foi a base mais importante para o estabelecimento do diagnóstico do câncer em 96,1 por cento dos pacientes. O estadiamento, pelos critérios de TNM, näo foi aplicado ou anotado no prontuário de 88,2 por cento dos casos. As modalidades de tratamento mais utilizadas foram cirurgia (48,5 por cento), cirurgia e radioterapia (8,5 por cento) e quimioterapia (6,7 por cento). Os pacientes foram acompanhados, em média, durante 20,6 ñ 29,2 meses. Ao final deste período, 44,1 por cento estavam "vivos, sem evidência da doença", 34,9 por cento vivos, com doença", 13,9 por cento "faleceram pela doença ou complicaçöes".