Anestesia para tomografia computadorizada abdominal em crianças: Apresentaçäo de uma técnica

Publication year: 1997
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A tomografia computadorizada é um recente método de auxílio diagnóstico, imprescindível para a medicina moderna. A realizaçäo de uma tomografia exige imobilidade absoluta durante a feitura das imagens, e em algumas situaçöes é indispensável a administraçäo de contraste, tanto via oral como por via venosa, para a melhor identificaçäo possível das estruturas anatômicas. A tomografia computadorizada abdominal é uma delas e, dificuldades adicionais säo encontradas na realizaçäo desse exame em crianças que podem exigir anestesia geral com todas as implicaçöes que a técnica impöe, devido a impossibilidade de ingestäo imediata do contraste, antes da anestesia, o que prejudica a qualidade do exame ou torna difícil o diagnóstico por parte de quem analisa a tomografia. Em uma investigaçäo preliminar, durante 1993 e os primeiros 3 meses de 1994, procurou-se estabelecer o tempo de esvaziamento gástrico após ingestäo de contraste iodado em 22 crianças que permitiram a realizaçäo de tomografia computadorizada abdominal, sem a necessidade de anestesia. Este estudo, através de constataçäo radiológica, realizada aos 20, 30, 40 e 60 minutos demonstrou que, após 40 minutos, em todos os 22 pacientes, houve um completo esvaziamento do estômago, do contraste ingerido. Esta evidência possibilitou a introduçäo de uma nova técnica para a realizaçäo de TC do abdomen em crianças, submetidas a anestesia inalatória, sem a intubaçäo traqueal, utilizando-se halotano ou sevoflurano, 40 minutos após a ingestäo do contraste iodado. Foram estudados 102 pacientes ASA I e II, com idades entre 8 dias a 10 anos, sem qualquer patologia impeditiva do trânsito intestinal, sendo submetidos a anestesia geral inalatória utilizando-se halotano (82 pacientes) na concentraçäo de 0,5 a 2,5 porcento, mais 4 a 8L de O2, ou, sevoflurano (20 pacientes) de 2 a 7 porcento com 4 a 8 L de O2, sem outros fármacos e sem intubaçäo traqueal, 40 minutos após ingestäo de 3ml/kg de soluçäo de glicose a 5 porcento associados a 0,45 ml/kg de contraste iodado. Esses pacientes foram mantidos, sob inalaçäo contínua do halogenado, de 1/3 a metade da concentraçäo da induçäo com O2, de 2 a 4L, administrados através de um catéter de oxigênio preseo lateralmente a uma cânula de Guedel mantendo-se imóveis durante todo o tempo do exame, monitorizados e com oximetria assegurada entre 98 a 100 porcento. Após o procedimento, os pacientes permaneceram em decúbito ventral com mäo sob a face, despertanto após um tempo ....

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