Saúde bucal em idosos institucionalizados na cidade de Säo Paulo: estudo epidemiológico e de autopercepçäo
Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Prática de Saúde Pública to obtain the academic title of Mestre. Leader:
Com o intuito de verificar as condições, necessidades de tratamento e autopercepção de saúde bucal de idosos institucionalizados, na cidade de São Paulo, coletaram-se dados através de exame clínico e de aplicação de um formulário contendo questões fechadas de múltipla escolha, a respeito de condições bucais e protéticas destes indivíduos. Os dados foram coletados em cinco instituições para idosos consideradas de médio ou grande porte. Foram selecionadas duas faixas etárias, 65 a 74 anos de idade e 75 anos de idade e mais. Para o exame clínico foram adotados os critérios preconizados pela OMS além de alguns critérios simplificados propostos pela pesquisadora. A amostra constituiu-se de 293 idosos, sendo 64,8 por cento pertencentes ao sexo feminino e 65,2 por cento à faixa etária de 75 anos de idade ou mais. O CPO-D encontrado foi de 30,76, com 96,3 por cento de dentes perdidos, sendo que a percentagem de dentes perdidos foi estatisticamente maior para o sexo feminino. A maior necessidade encontrada foi de extração dentária (66,57 por cento), sendo estatisticamente maior para o sexo masculino e estatisticamente menor para a faixa etária de 65 a 74 anos de idade. Em relação às condições periodontais, observou-se que o sextante inferior central foi o que apresentou menor prevalência da condição "excluído" (menos que dois dnetes presentes) e 94,7 por cento dos indivíduos com sextantes válidos, apresentaram cálculo como maior grau de condição periodontal, sendo que apenas 1,8 por cento dos idosos apresentou condição periodontal sadia. Entre os idosos examinados, 33,3 por cento apresentaram como maior grau periodontal de perda de inserção, 6 a 8mm. Quanto ao uso de prótese, 50,9 por cento dos idosos usavam algum tipo de prótese superior e 24,9 por cento inferior, sendo estatisticamente menor para o sexo masculino em ambos os arcos. A necessidade de uso de prótese foi de 50,9 por cento para o arco superior e de 75,8 por cento para o arco inferior, sendo estatisticamente maior para o sexo masculino. Em ambos os casos a demanda maior foi por próteses totais, devido ao alto número de edêntulo (245 para o arco superior e 215 para o arco inferior)...