Doenças cardiovasculares: trabalho e aposentadoria por invalidez

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Saúde Ambiental to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Estudo descritivo realizado na região norte da cidade de São Paulo, através de dados coletados no INSS, analisando 1019 aposentadoriaas por invalidez em foco na doença cardiovascular (DCV) e ocupação. Os homens se aposentaram mais que as mulheres, 52,7 por cento e 47,3 por cento respectivamente. A idade variou de 21 a 82 anos e a idade média foi de 52 anos. Foi utilizada a classificação internacional de doenças versão 9 e efetuada análise por grupos e por doenças. Utilizou-se também a classificação brasileira de ocupações, do Ministério do Trabalho. Analisa os grandes grupos de ocupação, subgrupos e por ocupação, comparando-os com os grupos da CID e com as doenças. A doença mais freqüente foi a cardiovascular com 32,9 por cento, sendo 47,6 por cento por hipertensão arterial, 16,8 por cento por doença cerebrovascular, 12,9 por cento por doença isquêmica do coração, e 16,8 por cento para outras formas de doenças do coração.

As ocupações mais freqüentes foram:

empregada doméstica, faxineira, costureira, ajudante geral, motorista, vigia, porteiro, pedreiro e cozinheiro.

As doenças mais freqüentes nestas ocupações foram:

as DCV, as doenças osteomusculares, as lesões, os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso e órgãos dos sentidos. Dentro das DCV se destaram as empregadas domésticas, faxineiras, as costureiras, os motoristas, os vigias e os ajudantes gerais. A relação de algumas doenças com a ocupação é conhecida há longo tempo. Os achados relacionando DCV com ocupações, com alta carga/estresse no trabalho "high job strain", isto é, baixo poder de decisão e alta demanda psicológica tem sido encontrados nestas ocupações acima descritas. Mostra que estas ocupações apresentaram uma maior freqüência de DCV do que aquelas não associadas com alta carga/estresse no trabalho. Conclui que há evidência de que parte das aposentadorias analisadas estão relacionadas com invalidez devido ao trabalho e pode ter sido incorretamente classificada

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