Com base no banco de dados do Censo Nutricional/PB (Censo, 1994), investigou-se, segundo o indicador peso/idade, o estado nutricional de pré-escolares (0 - 60 meses), atendidos pelo PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) no município de Bayeux/PB. Com o objetivo de verificar a evolução do estado nutricional das crianças estudadas entre os anos de 1994 e 1997, analisou-se o acervo de dados do Censo. A partir de um universo 355 crianças, foram coletados os dados antropométricos (peso/altura/idade). Estudou-se, ainda, alguns condicionantes do estado nutricional, tais como: renda familiar, escolaridade dos pais, ocupação dos pais, tipo de moradia, abastecimento de água, tratamento de água, modalidade de esgoto, destino do lixo, etc. Comparando-se os dados sobre o estado nutricional das crianças no ano de 1994 com os dados de 1997, evidenciou-se uma melhoria do quadro nutricional dessas crianças, uma vez que quando considerado o déficit medido através do índice peso/idade, constatou-se que em 1994 e 1997 a prevalência de desnutrição (<-2 Escores Z) passou de 11,9 por cento para 8,6 por cento, no sexo feminino, e de 15,4 por cento para 8,5 por cento, no sexo masculino, respectivamente. A proporção de crianças, localizadas nos três primeiros decis da distribuição do NCHS, diminuiu de 55,2 por cento em 1994 para 45,0 por cento em 1997. Baseando-se nas analises estatísticas efetuadas sobre o estado nutricional das crianças menores de 5 anos, em 1997, chegou-se a conclusão de que a proporção de crianças com desnutrição crônica (10,4 por cento) é maior do que a proporção de crianças com desnutrição aguda (5,6 por cento). Verificou-se, ainda que a escolaridade dos pais teve uma associação significativa ao nível de 5 por cento em Escores Z, segundo os indicadores Peso/Idade e Altura/Idade. As causas para a melhoria recente de indicadores de saúde relacionados à pobreza e ao estado nutricional, nesse estudo, podem ser atribuídas, em maior grau, à espansão do acesso da população a serviços de saúde. A maioria das crianças (97,4 por cento) foi imunizada em 1997 e, como conseqüência, um menor risco destas crianças apresentarem doenças infecto-contagiosas