Com o objetivo de analisar os efeitos do estado nutricional no crescimento, foram avaliados 246 escolares, com idades variando entre 10 e 14 anos, de ambos os sexos, pertencentes à rede estadual de ensino de Campina Grande - PB, através de medidas de altura (A), peso (P), índice de massa corporal (IMC), dobra cutânea do tríceps, (DCT), circunferência do braço (CB), circunferência muscular do braço (CMB), área do braço (AB), área muscular do braço (AMB) e área adiposa do braço (AAB). O estado nutricional foi determinado através do critério antropométrico, adotando-se como referência o padrão do NCHS. Para a classificação nutricional das variáveis relacionadas à composição corporal foi usado o índice descrito por FRISANCHO-NCHS. Os escolares foram subdivididos de acordo com o estado nutricional, composição corporal e sexo. No tratamento estatístico dos dados foram empregados os testes Qui-quadrado com ou sem correção de Yates, e Wilcoxon de postos sinalizados a nível de significância 0,05. Os resultados evidenciaram uma elevada concentração de indivíduos abaixo do percentil 50, tanto para a altura quanto para peso, 72,8 por cento e 75,2 por cento, respectivamente. A prevalência observada de escolares abaixo do percentil 10 foi de 24,4 por cento em relação a A/I e 17,9 por cento em relação a P/I, sugerindo desnutrição de natureza crônica, tendendo a se elevar com o aumento da idade. A maioria das variáveis antropométricas não diferiu estatisticamente. Os valores medianos de Z dos índices antropométricos de altura e peso foram negativos em ambos os sexos e em todas as faixas etárias. Os grupos etários de maiores prevalências foram, para altura: 10-12 anos (masculino) e 13-15 anos (feminino) e peso: 13-15 anos, am ambos os sexos. As diferenças foram evidentes entre os grupos masculino e feminino, considerando a classificação da população estudada situada entre os percentis da população padrão nos valores de CB no grupo feminino, AMB e AAB no masculino. As diferenças foram expressivas entre a amostra estudada e a população de referência, nos valores de altura, aos 14 anos; modificações significativas na CB e AB (muscularidade) e nos depósitos de gordura subcutânea da AAB, aos 13 anos. O sexo de maior impacto aos agravos nutricionais é o feminino, na faixa etária de 13-15 anos. O indicador P/I superpõe-se ao perfil esperado para uma população normal. As probabilidades apontam uma tendência para a obesidade na vida adulta. Por outro lado, em razão da não