Aspectos epidemiológicos da esquizofrenia em adultos internados no hospital Ulysses Pernambucano da cidade do Recife: 1997-1999

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências da Saúde. Area de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Foi realizado um estudo descritivo para delinear alguns aspectos epidemiólogicos de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, internados no Hospital Ulysses Pernambucano, da cidade do Recife - Pernambuco - no período de 1997 a 1999. Foram estudadas as variáveis sociais, econômicas e demográficas, os tipos de esquizofrenia mais frequentes, e seus respectivos cruzamentos, bem como o nível da assistência profissional prestada. Caracterizou-se o padrão de internamento, permanência e alta hospitalar dos usuários em questão. Utilizou-se como fonte de dados os prontuários de pacientes do hospital. Dos 300 pacientes selecionados por amostragem aleatória sistemática, a faixa etária preponderante foi de 20 a 40 anos. Não houve predominância na distribuição por sexo. No entanto, a esquizofrenia no sexo masculino tende a ocorrer mais precocemente. A maioria dos pacientes é solteira (65,7 por cento IC = 60,0 - 70,0) e professava a religião Católica (58,35 IC = 53,5 - 64,9). O número médio de filhos foi de duas crianças por paciente. Cerca de 95,0 por cento tiveram como escolaridade máxima o 1§ grau. A renda familiar da maioria foi de apenas um salário mínimo. Os tipos de esquizofrenia mais encontrado foram residual, paranóide e não especificadoindiferenciado. Cerca de 83,4 por cento tiveram um atendimento de uma equipe multidisciplinar. No que se refere ao padrão de internamentos, permanência e alta hospitalar, constatou-se que 75,0 por cento dos pacientes contaram com apenas um internamento anual, sendo que 79,6 por cento (IC = 74,6 - 80,0) apresentaram um tempo de permanência de até dois meses. A maioria dos pacientes (80,4 por cento IC = 75,3 - 84,6) é encaminhada para tratamento ambulatorial após a alta hospitalar. Logo, um plano integral de assistência à saúde mental deve, necessariamente, levar em consideração esses achados no sentido de promover uma atenção mais adequada às especificidades encontradas

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