A cárie tem sido considerada uma doença multicausal, tendo em sua etiopatogenia básica influência direta da microbiota bucal. Os principais microrganismos relacionados com o surgimento das lesões de cárie são os estreptococos grupos mutans. A prevenção e o controle da doença representa um grande desafio para a odontologia, pois as seqüelas ainda são detectáveis em grande parte das crianças brasileiras. O fator microbiota pode ser controlado com uso de antimicrobianos, entre eles iodo, xilitol, penicilina, própolis, flúor e clorexidina. A clorexidina é a substância melhor documentada e que apresenta melhores resultados, sendo ainda considerada como padrão-ouro para comparação de novas substâncias testadas. O objetivo deste trabalho foi comparar os tratamentos intensivos com cloreidina e flúor em relação à redução das contagens salivares de estreptococos grupo mutans. Para isso, foram analisados 2 grupos de crianças de 05 a 11 anos, com dentadura mista, que receberam o tratamento com clorexidina, grupo 1, e com flúor, grupo 2.

Foram efetuadas 04 contagens salivares de cada grupo:

a primeira antes do tratamento, a segunda após 04 semanas do tratamento, a terceira após 12 semanas e a quarta após 24 semanas. Além do tratamento químico, todas as crianças receberam 02 profilaxias dentais antes da aplicação da clorexidina e do flúor. Os resultados demonstraram que os tratamentos são distintos independentemente do tempo de observação, e que o uso da clorexidina levou à menor contagem média de estreptococos grupo mutans em relação ao uso do flúor. Concluiu-se que o tratamento com clorexidina exerceu efeito redutor significativo (p=0,05) nas contagens do microorganismo acima, e em ambos os grupos houve uma