Efeito da estimulaçäo magnética perineal no tratamento da incontinência urinária da mulher

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

A estimulaçäo magnética perineal (EMP) para o tratamento da incontinência urinária feminina surgiu recentemente como uma alternativa näo invasiva. EMP induz uma despolarizaçäo dos nervos do assoalho pélvico gerando contraçäo da musculatura da regiäo, sem os incovenientes e, supostamente, com eficácia semelhante á estimulaçäo elétrica. Como a EMP é uma modalidade de tratamento recente, existem poucos estudos clínicos relacionados ao seu uso. Realizamos um estudo clínico prospectivo com 91 mulheres com incontinência urinária demonstrável, O tratamento consistia de l6 sessöes de 20 minutos de EMP, sendo 10 minutos de estimulaçäo a baixa freqüência (5Hz) e 10 minutos de estimulaçäo a alta freqüência (50Hz), com intervalo mínimo de 36 horas entre as aplicaçöes. A avaliaçäo dos resultados foi realizada em duas etapas consecutivas e programadas, a primeira com 50 pacientes e a segunda com 41 pacientes. Nas duas etapas as pacientes foram avaliadas antes e após o tratamento, através de uma completa história clínica, do exame físico e do preenchimento de um diário miccional de 3 dias consecutivos e de um escore de qualidade de vida específico para incontinência urinária que variava de 22 á 110. Na segunda etapa acrescentamos o estudo urodinâmico completo antes e após o tratamento. O estudo urodinâmico antes do tratamento mostrou 24(58,5 por cento) mulheres com incontinências urinária pura de esforço(IUE) e 17(41,5 por cento) pacientes com incontinência urinária mista ou hiperatividade detrusora pura.

As últimas foram divididas em 2 grupos:

Grupo I - Nove (22 por cento) mulheres com IUE e contraçäo vesical involuntária parcialmente inibida sem perdas urinárias e Grupo II - Oito (19,5 por cento) mulheres com forte contraçäo involuntária levando a perda urinária. A análise dos resultados da primeira etapa revelou um aumento médio no escore de qualidade de vida de 39 por cento (p<0,001), uma diminuiçäo no número de absorventes utilizados por dia de 42 por cento (p<0,001) e uma diminuiçäo no número de perdas de 60 por cento (p<0,001). A avaliaçäo urodinâmica após o tratamento mostrou um aumento 36 por cento no volume médio do primeiro desejo miccional (p=0,0024) e 17,7 por cento no volume médio do desejo normal de micçäo (p=0,005). O aumento médio napressäo de perda foi 24 por cento (p=0,001). Dez mulheres tornaram-se secas(24 por cento). Todas pacientes que tornaram-se secas apresentavam pressäo de perda antes do tratamento maior que 80cm de H2O. Sete pacientes...

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