Análise dos mecanismos imunológicos gerados pela imunizaçäo experimental contra doença de Chagas e malária

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Ciencias to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Durante a tese de Mestrado, eu descrevi que a imunizaçao de camundongos BALB/c com um plasmídio contendo o gene da trans-sialidase foi capaz de induzir imunidade protetora contra a infecçao pelo Trypanosoma cruzi. Baseados nos resultados obtidos anteriormente, a primeira parte deste trabalho teve o intuito de analisar a imunidade celular induzida pela vacinaçao genética com o gene da TS. Observamos em animais imunizados a presença de esplenócitos CD4+ e CD8+ específicos para a TS e que produziam IFN-g, mas nao IL-4 ou IL-10. Posteriormente, estes linfócitos T foram caracterizados a nível clonal, e os clones de linfócitos T CD4+ citotóxicos secretavam IFN-g mas nao IL-4 ou IL-10, sendo definido portanto como Th1. Obtivemos também clones Th2 secretores de IL-4 e IL-10, mas nao de IFN-g Todos os clones T CDB+ gerados apresentaram atividade citotóxica in vitro e foram capazes de secretar IFN-g, mas nao IL-4 ou IL-10. 0 mais importante foi o fato que clones T CD4+ Th1 ou CD8+ Tc1 foram capazes de inibir, respectivamente, o desenvolvimento in vitro do T. cruzi em culturas de macrófagos ou fibroblastos infectados. Estes resultados mostraram que a imunizaçao genética é capaz de induzir linfócitos T CD4+ Th1 e CD8+ Tc1 potencialmente protetores, reforçando assim a possibilidade do uso desta estratégia de imunizaçao no desenvolvimento de uma vacina preventiva ou terapêutica contra doença de Chagas. Na segunda parte deste trabalho, reavaliamos a capacidade da imunizaçao com plasmídios contendo o gene da proteína do circumsporozoíta (CS) de Plasmodium yoelii com o intuito de aprofundar os estudos dos mecanismos imunológicos induzidos pela vacinaçao genética contra malária experimental. Entretanto, ao contrário do que está descrito na literatura, fomos incapazes de induzir imunidade protetora contra a infecçao experimental. A ausência de proteçao em nossos experimentos nao estava relacionada com a falta de resposta imune. Entretanto, observamos que os anticorpos induzidos pela imunizaçao com o gene da proteína CS nao foram capazes de inibir a penetraçao de esporozoítas em culturas de hepatócitos. Além de anticorpos, observamos a presença de linfócitos T CD8+ produtores de IFN-g e capazes de reconhecer o epítopo citotóxico da proteína CS. 0 número destas células produtoras de IFN-g no baço de animais imunizados foi semelhante ao descrito por outros grupos utilizando o mesmo gene. Nossos resultados sugerem que a...

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