O interesse pela aptidao física e bem estar das pessoas, incluindo aqueles que possuem uma limitaçao motora, está aumentando. Possuir uma deficiência nao necessariamente leva à contra indicaçao da prática de atividade física ou esporte. Entretanto, a exclusao dessas atividades da vida de uma pessoa portadora de deficiência (PPD) pode resultar em uma diminuiçao da aptidao física, da eficiência dos movimentos ou mesmo o desenvolvimento de habilidades motoras. A crença de que treinamento para essa populaçao pode ter efeitos deletérios foi considerada, sob a hipótese de haver interferência da síndrome do supertreinamento. Este fenômeno tem sido objeto de investigaçao na área do treinamento em nataçao (FRY et. al, 1992; GRIFFIN & UNNITHAN, 1997; LIMO, 1995; WILMORE & COSTILL, 1988), mas nada foi encontrado a respeito do supertreinamento em atletas portadores de deficiência. Diante destas reflexoes, o objetivo deste trabalho foi elaborar um conjunto de recomendaçoes para técnicos, a respeito da prevençao do supertreinamento em atletas portadores de limitaçoes motoras e verificar se houve supertreinamento durante uma temporada de treinamento, em nadadores brasileiros, portadores de limitaçoes motoras. Para isso foi acompanhado uma temporada de treinamento de dez meses, de 12 nadadores de nível regional e nacional, de ambos os sexos, com idades variando entre 18 e 60 anos. Durante este período, os atletas participaram de .

quatro eventos competitivos:

um regional (camp.l), um amistoso (comp.2), um municipal (comp.3), e um nacional (comp.4), cujos resultados, juntamente com outros parâmetros, foram utilizados para verificar se existe a possibilidade do aparecimento da síndrome do supertreinamento quando treinados de maneira semelhante aos nadadores sem limitaçoes motoras. O treinamento ocorreu em quatro sessoes por semana, com a estrutura de periodizaçao anual. 0 programa desenvolvido com nadadores com limitaçoes...