Doppler transcraniano em traumatismos cranioencefálicos graves

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade Federal de Säo Paulo. Escola Paulista de Medicina. Curso de Medicina to obtain the academic title of Doutor. Leader:

As velocidades do fluxo sangüíneo cerebral nas artérias cerebrais médias e nas artérias carótidas internas cervicais, e os índices de pulsatilidade e de Lindgaard, obtidos através de ultra-sonografia com Doppler transcraniano, foram estudados em 30 pacientes com traumatismos cranianos graves (Glasgow inicial = 8). Velocidades anormalmente elevadas foram observadas em 23 (76,6 por cento) dos pacientes, sendo em 9 (30,0 por cento) devido a hiperemia e em 14 (46,7 por cento) a vasoespasmo. Pacientes que tiveram hiperemia também apresentaram os mais elevados valores de pressao intracraniana e de pressao de perfusao cerebral. A recuperaçao foi avaliada pela escala de Glasgow final (GOS), observado após seis meses. No grupo com velocidades mais elevadas a mortalidade foi significativamente mais alta. Pode-se observar diferenças significativas entre os dois grupos (hiperemia e vasoespasmo). A incidência de isquemia nao relacionada a contusao está relacionada ao diagnóstico de vasoespasmo. O índice de pulsatilidade >_ 2.5, pressao de perfusao cerebral < 70 mmHg, velocidade circulatória média na artéria cerebral média > 100 cm/s e pressao intracraniana > 20 mmHg foram os mais importantes fatores predictivos de prognóstico a longo prazo. Nesta série, a idade dos pacientes e o Glasgow inicial nao foram significativos no prognóstico. A determinaçao destes parâmetros pelo DTC pode ser utilizada clinicamente, com relevância na orientaçao terapêutica de pacientes em coma, sob ventilaçao assistida, devido a traumatismos cranianos

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