Estudo epidemiológico descritivo da Doença Meningocócica (DM) no Estado de Santa Catarina, no período de janeiro de 1987 a dezembro de 1998, abrangendo as características do agente etiológico que a causa. Como fonte de dados, foram utilizadas as fichas de investigaçäo epidemiológica das meningites e dados consolidados dos casos de DM disponíveis na Diretoria de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Os dados microbiológicos foram coletados nos livros de registros da Seçäo de Bacteriologia do Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN/SC. O Estado registrou, no período, 4.393 casos de DM, com um coeficiente de incidência médio de 7,9 casos/100.000 habitantes. Em termos de distribuiçäo espacial, as regiöes de Joinville, Florianópolis e Blumenau concentraram 55,4 por cento dos casos da DM em Santa Catarina. Observa um comportamento diferente em relaçäo às cepas de N. meningitidis, nas diversas regiöes do Estado. Na 13ª Regional de Saúde (Joinville), a cepa B:4:P1.15 e/ou B:4,7:P1.15 foi a mais prevalente, enquanto na 18ª Regional de Saúde (Florianópolis) e na 9ª Regional de Saúde (Blumenau) a cepa B:15:P1.16 e/ou B:15:P1.7,16 apresentou o maior número de casos da DM. Conclui que houve uma grande diversidade de cepas de N. meningitidis e uma heterogeneidade com que as principais cepas foram distribuídas nas diversas regiöes do Estado.