Aedes albopictus e outros mosquitos (Diptera: Culicidae) em bromélias terrestres em Ilhabela, Litoral do Estado de Säo Paulo, Brasil

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Departamento de Epidemiologia to obtain the academic title of Doutor. Leader:

Objetivos. Estudar o significado epidemiológico de Aedes albopictus colonizar bromélias terrestres em ambientes distintos. Registrar a fauna de culicídeos, sua diversidade e dominância. Sua presença e densidade são analisadas em relação a parâmetros como volume de água nos tanques, temperatura atmosférica e precipitação pluviométrica. Material e métodos. Foram relacionadas coletas quinzenais de formas imaturas de culicídeos, no periodo de março de 1998 a julho de 1999, em tanques de bromélias localizados nos ambientes urbano, periurbano e mata; o coutéudo aquático das plantas foi medido e registrado. Resultados. Foram coletados 31.134 culicídeos imaturos. Culex (Microculex) pleuristriatus foi a espécie dominante nos ambientes urbano e periurbano. Na mata, a dominante foi Culex ocellatus, ambiente que apresentou o maior índice de diversidade de culicídeos. Ae. Albopictus apresentou nas bromélias de ambiente urbano os maiores percentuais de positividade e densidade; contatou-se ainda preferência pelas bromélias com maior volume de água. Para Anopheles cruzii foi observada tendência inversa. A análise de regressão mostrou associação entre número de bromélias positivas para Ae. Albopictus com as variáveis volume de água e temperatura nos ambientes urbano e periurbano. Quanto ao número de imaturos, também foi encontrada associação com as variáveis volume, temperatura no meio urbano e periurbano. Discussão e Conclusões. As diferentes densidades com que Ae. albopictus ocorreu nos ambientes estudados demonstram sua elevada capacidade de invasão a novos habitats. Embora Ae. albopictus não seja considerada espécie especifíca de bromélia, apresentou maior número de imaturos por planta do que An. Cruzii. Recomenda-se intensificar a vigilância entomólogica nesses criadouros, dada a sua capacidade de traduzir-se em recipiente permanente para proliferação desse mosquito, principalmente em ambiente urbano. A presença da Ae. albopíctus em bromélias localizadas em área preservada da Mata Atlântica poderá resultar em agravo à saúde

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