O vazio sem trágico: um estudo histórico sobre o tédio

Publication year: 2001
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Focaliza as variações assumidas pelo tédio a partir da modernidade, período no qual surgem as primeiras referências a ele na língua inglesa assinalando sua consolidação enquanto importante categoria de interpretação da vida subjetiva. Partindo de pressupostos teóricos do pragmatismo linguistico, o estudo toma o tédio como uma construção social cujos sentidos variam conforme a realidade histórico-social onde ele emerge. Ainda que se façam alusões a emoções que antecedem o tédio, a investigação incide nas suas manifestações do século XVIII ao XX.

A análise referente ao século XVIII articula o tédio com as transformações socioculturais que favorecem sua instalação como um conceito moderno:

a ascensão da ideologia individualista, o declínio do cristianismo, a crescente percepção da interioridade e o ideário iluminista. A análise do tédio no século XIX toma, como principais referentes, o romantismo e suas derivações. Sugere-se uma subdivisão do tédio em três tipos principais, e alguns textos literários da época servem como material para depreender seus significados predominantes. O tédio no século XX é relacionado aos principais traços da pós-modernidade e aos modos de subjetividades narcísicas, do culto das sensações e do modo de vida consumista. Com base na idéia de que o tédio expressa-se sob formas distintas nos dias atuais, propõe-se sua discriminação em dias modalidades principais: o da "insatisfação permanente" e o da "indiferença". O estudo assinala ainda comparações entre suas diversas manifestações nos três séculos examinados

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