Verifica o quanto as necessidades de saúde estäo sendo consideradas em uma unidade básica de saúde do Plano de Atendimento à Saúde (PAS), no Município de Säo Paulo, SP, Brasil.

Toma como referência uma Taxonomia de Necessidades de Saúde:

boas condiçöes de vida, acesso garantido a todas as tecnologias para melhorar e prolongar a vida, vínculo e responsabilizaçäo pelo usuário e autonomia no "modo de andar a vida". Os dados empíricos foram confrontados com a base teórica, construída a partir de vários aspectos ou enfoques de necessidades de saúde, trabalhadas em campos distintos como o funcionalismo e o marxismo. No tocante ao acesso às tecnologias de atençäo, houve um aumento do acesso ao atendimento médico individual, embora subsistam as filas, mostrando o "ciclo vicioso" da demanda crescente. Quanto à necessidade de melhores condiçöes de vida, verifica que os trabalhadores apesar do "conhecimento" da existência de favelas näo elaboram estratégias para identificar as áreas de risco e operacionalizar os serviços que levem em conta as más condiçöes de vida. Quanto à necessidade de vínculo e responsabilizaçäo, verifica que o serviço näo está organizado e nem foi criado espaço para formaçäo de vínculo com os profissonais e os usuários. Quanto à necessidade de autonomia, a maioria dos profissionais näo compreende este conceito na medida em que concebe o auto-cuidado só do ponto de vista biológico, dificultando a formulaçäo de um projeto terapêutico com o objetivo de aumentar a autonomia do usuário. Conclui que as necessidades de saúde, tanto individual quanto coletiva, näo estäo sendo observadas como aspecto prioritário nas práticas de saúde do PAS