Parte do pressuposto que a saúde mental, a atençäo primária e a articulaçäo entre elas, säo proposiçöes originárias de outros contextos históricos e realidades sociais, havendo portanto uma retraduçäo no seu processo de assimilaçäo no Brasil e no Estado de Säo Paulo. Conclui que a saúde mental emerge numa condiçäo histórica de favorecimento de políticas públicas de reinclusäo social, numa possibilidade de extensäo assistencial populacional. Desse modo, integra proposiçöes higiêncas e terapêuticas, mantendo-se como higiene social normativa. A integraçäo das açöes médicas às açöes preventivas, consideradas dentro de níveis de prençäo, faz com que a saúde mental possa se articular à atençäo primária e aos serviços de saúde pública. No Estado de Säo Paulo, a emergência da saúde mental em atençäo primária, realiza-se no contexto da remocratizaçäo política, em 1982, sendo o resultado da convergência da implementaçäo das açöes integradas de saúde do movimento de descentralizaçäo. Esta implementaçäo, realiza-se no Estado de Säo Paulo, com a alocaçäo de equipes profissionais de saúde mental nas redes de cuidados primários de saúde, caracterizando uma experiencia de reforma psiquiátrica