Prevalência de dor crônica em adultos trabalhadores

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader:

A dor crônica tem sido considerada um problema de saúde pública e é escasso o conhecimento de sua dimensäo sobre a populaçäo näo-vinculada a serviços de saúde.

Foram objetivos deste estudo:

analisar a prevalência de dor crônica e sua freqüência, conforme variáveis sociodemográficas e categorias de funçöes no trabalho; analisar a prevalência dos locais de dor crônica e a sua freqüência conforme variáveis sociodemográficas e categorias de funçöes no trabalho; identificar, conforme os locais de dor, as características: recorrência, período do dia e intensidade; descrever as interferências mútuas entre dor crônica e trabalho; descrever alteraçöes relatadas como decorrentes da dor crônica; descrever as estratégias utilizadas para o controle da dor crônica. A amostra foi composta por 505 funcionários da Universidade Estadual de Londrina. Do total, 232 (45,94 porcento) eram do sexo masculino; a idade média foi 40,48 anos. Os dados foram coletados pessoalmente por entrevista; os resultados foram analisados por testes näo-paramétricos e o alfa definido foi 0,05. A prevalência de dor crônica foi de 1,38 porcento e foi mais freqüente entre as mulheres (p=0,0001). A categoria de funçäo com maior freqüência de funcionários com dor crônica foi a "assistência".

Os locais de dor de maior prevalência foram:

cabeça (26,36 porcento); lombar (19,40 porcento) e membros inferiores (13,26 porcento). A dor de cabeça foi mais referida entre os funcionários do sexo feminino (p=0,001). Maior freqüência de funcionários das classes sociais D e E referiu dor na regiäo lombar (p=0,003). A categoria de funçäo "assistência" apresentou maior freqüência de funcionários com dor na regiäo lombar e cabeça. De um modo geral, as dores recorriam mais de cinco vezes nos últimos seis meses e näo apresentavam um padräo de período do dia para o seu aparecimento. A dor de cabeça foi referida como a mais intensa (média de 5,66). O trabalho foi indicado como desencadeador da dor em 45,45 porcento dos funcionários com dor torácica; 46,34 porcento com dor nos ombros e membros superiores, e 37,76 porcento com dor na regiäo lombar. A maioria dos funcionários referiu näo ter faltado ao trabalho por causa de dor nos últimos seis meses. Por outro lado, foram raros os funcionários que relataram nenhum tipo de prejuízo ao trabalho devido à dor. Para cada local de dor, 60 porcento a 70 porcento dos funcionários relataram que o resultado do trabalho näo é alterado por causa da dor. O sentimento...

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