Dor recorrente em escolares na cidade de Londrina: prevalência, Caracterizaçäo e impacto nas atividades diárias

Publication year: 2000
Theses and dissertations in Portugués presented to the Universidade de Säo Paulo. Escola de Enfermagem to obtain the academic title of Mestre. Leader:

Os objetivos do presente estudo foram determinar a prevalência de dor recorrente nos escolares da cidade de Londrina, analisar as associaçöes entre características da dor e variáveis sociodemográficas, e caracterizar o quadro álgico quanto a localizaçäo, intensidade, duraçäo, qualidade, fatores desencadeantes e impacto da dor nas atividades da vida diária. Foi desenvolvido um estudo epidemiológico do tipo corte transversal, de natureza descritiva. A amostra foi representativa para os escolares de 7 a 14 anos, residentes no município de Londrina. Os escolares foram entrevistados na escola, após consentimento dos pais. Dentre os 915 escolares entrevistados, 28,75 porcento referiram alguma dor recorrente que cumpriu os critérios estabelecidos para cada local de dor. Dor de cabeça foi a prevalente (15,96 porcento), seguida da dor nos membros (6,99 porcento) e dor abdominal (6,78 porcento). Dor na regiäo dorsal e no tórax anterior foram pouco freqüentes, (1,97 porcento e 0,8 porcento, respectivamente). A prevalência de dores em mais de um local foi de 3,39 porcento. Näo se observaram associaçöes entre dor recorrente e sexo, faixa etária, classe social, escolaridade do chefe da família, estado conjugal dos pais, ordem de nascimento e atividade laborativa da mäe. Na análise das associaçöes entre as variáveis e os locais de dor, foi encontrada associaçäo estatística entre dor abdominal recorrente e faixa etária, com prevalência menor na faixa dos 13 a 14 anos (p=0,001). Dor nos membros foi o único local de dor que apresentou associaçäo com classe social e escolaridade do chefe de família (p=0,017 e p=0,004). As crianças provenientes de familiares com alguma dor, independentemente do local, apresentaram maior prevalência de dor recorrente comparadas àquelas ligadas a familiares sem queixa de dor (p=0,001). Os fatores desencadeantes foram diversificados por local de dor. As atividades mais prejudicadas pela dor foram praticar esportes, brincar e concentrar-se (cerca de 68 porcento dos casos). Mais da metade das crianças foi prejudicada na assiduidade escolar e nas atividades de lazer. As atividades que sofreram maior impacto pela dor foram nadar, dormir e jogar videogame

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