Crianças portadoras de fissura de lábio e palato apresentam alteraçöes anatômicas decorrentes da própria anomalia e dos procedimentos terapêuticos para a sua reabilitaçäo, que podem predispô-las a um maior acúmulo de placa bacteriana, principalmente na regiäo anterior da maxila. Com o objetivo de comparar as condiçöes clínicas, através da utilizaçäo dos índices de placa (IP) e gengival (IG) de Loe (1967) e a presença das bactérias P. gingivalis, P. nigrescens e T. denticola, através da técnica "Slot Immunoblot", foram avaliadas 57 crianças com dentiçäo decídua e idades entre 5 e 6 anos, sendo 30 portadoras de fissura completa de lábio e palato unilateral (grupo experimental) e 27 crianças sem fissura (grupo controle). O IP médio do grupo experimental (1,82 ñ 0,38) foi superior ao do grupo controle (1,63 ñ 0,38), embora sem diferença estatisticamente significante, enquanto o IG médio do grupo experimental (1,05 ñ 0,22) foi significantemente superior ao do grupo controle (0,79 ñ 0,33) (p<0,05). No grupo experimental a área da fissura (2 sítios), com IP médio de 2,04 ñ 0,58 e IG médio de 1,11 ñ 0,26, quando comparada à regiäo posterior (4 sítios), com IP médio de 1,74 ñ 0,37 e IG médio de 1,04 ñ 0,26, mostrou difrença estatisticamente significante somente em relaçäo ao IP. Considerando a severidade, a maioria das crianças dos dois grupos apresentou IP de grau moderado, 73,33 por cento para o grupo experimental e 81,48 por cento para o grupo controle; enquanto, para o IG, a maioria apresentou severidade de grau baixo, sendo de 53,33 por cento para o grupo experimental e de 70,37 por cento para a grupo controle...