Avaliar as condiçöes socioeconômicas, estado nutricional, morbidade e consumo alimentar de crianças em creches; analisar a estrutura de de funcionamento nos momentos de alimentaçäo.

Casuística e métodos:

Foram pesquisadas 84 crianças de 3 creches do Município de Säo Paulo e feitas entrevistas com o responsável para levantamento de dados socioeconômicos e feitas entrevistas com o responsável para levantamento de dados socioeconômicos e morbidade. Tomaram-se medidas de peso e altura para cálculo do escore z de peso/altura, peso/idade e altura/idade, comparando-os aos padröes do National Center for Health Statistics. Os dados foram analisados no programa Epiinfo 6.04b. O consumo alimentar individual foi calculado através do "método da pesagem direta de alimentos" e analisado através do software Virtual Nutri, comparando-se às recomendaçöes do National Research Council/1989 e Dietary Recommended Intake/2000. O comportamento de professores durante as refeiçöes foram comparados aos sugeridos pela American Dietetic Association.

Resultados:

62,5 por cento das crianças possuía renda familiar per capita de até 1 salário mínimo. Observou-se nas crianças 4,8 por cento de retardo de crescimento (ZAI<-2) e 6,0 por cento de ZPA>2, indicador de obesidade. A adequaçäo de energia variou de 50,7 a 75,7 por cento para crianças de 1 a 3 anos e de 41 a 62 por cento nas de 4 a 6 anos. A adequaçäo em nutrientes foi acima de 100 por cento Recommended Dietary Allowances para proteínas e vitamina C em ambas faixas de idade e em relaçäo ao ferro, variou de 32 a 74 por cento da recomendaçäo. O número de adultos durante as refeiçöes foi na sua maioria suficiente, mas com um comportamento inadequado quanto ao estímulo a experimentar alimentos novos e respeito ao ritmo e apetite das crianças.

Conclusäo:

é importante reavaliar o atendimento em alimentaçäo das creches, levando-se em conta estado nutricional, recomendaçöes de nutrientes, e principalmente o papel educativo dos professores durante as refeiçöes em creches