O presente estudo teve como objetivo compreender o significado do vivencial da equipe de reabilitaçäo do Hospital de Reabilitaçäo de Anomalias Craniofaciais da Universidade de Säo Paulo (HRAC-USP) em sua experiência de estar trabalhando em equipe na assistência ao fissurado lábio-palatal e sua família. Para essa finalidade optou-se por uma abordagem qualitativa, na vertente da fenomenologia, pois contempla a compreensäo e interpretaçäo do sentido considerando os sujeitos como ser histórico-cultural que produzem as instituiçöes e o sentido destas. Utilizou-se de entrevistas com doze profissionais que se constituíram sujeitos do estudo.

As entrevistas foram norteadas pela questäo:

O que significa para você trabalhar em equipe junto ao fissurado lábio-palatal e sua família? Após as transcriçöes, os depoimentos foram analisados individualmente resgatando os temas: Capacitaçäo para trabalho, Equipe estruturada para a especificidade do fissurado, Dificuldade para o trabalho em equipe, Enfermagem elo de ligaçäo entre a equipe, Relaçäo com o paciente e família, Trabalho em equipe: perspectiva interdisciplinar, Condiçöes de trabalho e A inserçäo do profissional na equipe. A análise do geral visou a reflexäo sobre o fenômeno a partir das convergências e divergências engendrando a percepçäo do trabalho dever-ser em uma perspectiva interdisciplinar que continuamente necessita ser exercitada em funçäo de ainda näo estar concretizada em sua plenitude, pois demanda maior interaçäo dos sujeitos com aporte da Instituiçäo criando espaços formais para explicitaçäo das diferenças e aprendizado contínuo