Objetiva captar as concepçöes e definiçöes incluidas nos documentos de Atençäo Primária a Saúde do Adolescente, veiculados por orgäos gestores nacionais (Ministério da Saúde) e internacionais (Organizaçäo Mundial da Saúde), assim com as visöes de médicos pediatras ou clínicos da Unidade Clínica de Adolescentes - UCA/UERJ, a respeito das definiçoes de adolescencia, de atençäo a saúde do adolescente e do perfil do médico que presta assistência a esse grupo, para posteriormente confrontá-las. Busca refletir a intensidade com que o saber difundido nas normas de atençäo a saúde do adolescente e compartilhado com os profissionais - os médicos, bem como, identificar até que ponto essas orientaçöes e determinaçöes ecoam no desenvolvimento de seu trabalho cotidiano. Nesta trajetoria, o estudo foi composto em quatro momentos: dois primeiros capítulos introdutórios, de cunho histórico, visando a contextualizaçäo do significado da adolescência e da evoluçäo do saber médico nesta área, através dos tempos; a identificaçäo dos argumentos que embasariam o discurso justificador da "tendência separatista" de atençäo ao adolescente nos serviços públicos de saúde; a análise de documentos oficiais com a construçäo de categorias e a elaboraçäo de depoimentos com médicos, montados a partir de suas experiências de vida, especialmente as profissionais. Pretende-se contribuir na reflexäo do paradigma teórico norteador adotado na atençäo a saúde do adolescente.